A estratégia de muzan: Recrutamento de pilares e caçadores de elite após a dizimação das luas inferiores
Com a extinção em massa de suas Luas Inferiores, surge a questão se Muzan Kibutsuji buscaria fortalecer seu exército recrutando os mais fortes oponentes: os Pilares.

A aniquilação em larga escala das Luas Inferiores por parte dos Caçadores de Demônios forçou uma reavaliação tática dentro das forças de Muzan Kibutsuji. O objetivo primordial do Rei dos Demônios sempre foi estabelecer um exército poderoso e controlável, capaz de eliminar qualquer oposição, especialmente os Caçadores que se opõem ao seu domínio.
A busca por poder e controle
Historicamente, Muzan ofereceu poder substancial em troca de lealdade, visando transformar indivíduos em desespero em seus servos mais leais. Exemplos como Daki e Rui sugerem que, sob certas circunstâncias de medo e desespero existencial, alguns indivíduos estão dispostos a aceitar a transformação demoníaca. Contudo, a resistência aos seus poderes persuasivos também é notável.
Enquanto demônios como Daki, movida pela vaidade e insegurança, se submeteram facilmente, outros membros da hierarquia demoníaca demonstraram lealdade inabalável a Muzan, mesmo diante da perspectiva de extinção. No entanto, o foco agora se volta para uma fonte de poder anteriormente ignorada ou evitada: os próprios Caçadores de Elite.
O apelo tentador aos Mestres da Respiração
A questão central que emerge é se Muzan consideraria recrutar membros dos Pilares ou outros Caçadores de alto escalão, caso se sentisse suficientemente ousado ou desesperado após perder suas forças mais imediatas. Estes guerreiros representam o ápice da força humana, dominando as técnicas de respiração, como a Respiração da Água ou a Respiração do Sol (a original).
A resistência aos métodos de conversão de Muzan é um fator chave. O Pilar Kyojuro Rengoku, por exemplo, demonstrou firmeza moral inquebrantável ao rejeitar a influência maligna de Akaza, um dos demônios de classificação superior. Da mesma forma, a intervenção na história de Kanao Tsuyuri impediu que ela seguisse um caminho similar ao de Doma, evidenciando que o livre arbítrio e a força de vontade podem anular a oferta demoníaca.
Seria um movimento de alto risco, pois o recrutamento de um Caçador forte significaria não apenas ganho em poder, mas também um golpe psicológico na organização inimiga. Por outro lado, a aceitação de um dos Pilares poderia exigir um sacrifício de poder menor de Muzan, ou talvez uma oferta de imortalidade superior à que ele já fornece, algo que até mesmo mestres da respiração poderiam reavaliar diante da mortalidade inerente à sua luta.
A lógica estratégica sugere que, se o objetivo é maximizar a capacidade de combate e controle, mirar nos indivíduos que já provaram ser excepcionalmente competentes - mesmo que isso signifique lidar com uma possível rejeição violenta - torna-se uma opção plausível para o Rei dos Demônios, que opera em um ambiente de constante escassez de aliados confiáveis.
Analista de Mangá Shounen
Especializado em análise aprofundada de mangás de ação e batalhas (shounen), com foco em narrativas complexas, desenvolvimento de enredo e teorias de fãs. Experiência em desconstrução de arcos narrativos e especulações baseadas em detalhes canônicos.