Análise sobre a execução da batalha final e o potencial da respiração do sol no mangá de kimetsu no yaiba

Após o clímax da história de Kimetsu no Yaiba, que englobou a derrota de Muzan, a discussão se voltou para a forma como a Respiração do Sol, ou Hinokami Kagura, foi empregada no confronto final contra o Rei dos Demônios. O desenvolvimento histórico desta técnica ancestral, passada por gerações, estabeleceu grandes expectativas sobre sua máxima potência, especialmente quando combinada com o estado enfraquecido do antagonista principal.

A Promessa da Décima Terceira Forma

A narrativa investiu tempo explicando a origem da Respiração do Sol, notavelmente as 12 formas fundamentais que, quando executadas em sequência, culminam na lendária décima terceira forma. O conceito era claro: a sucessão das formas permitiria uma dança mais rápida e precisa, possibilitando ao usuário manter o ataque até o amanhecer, uma lição supostamente passada pelo pai de Tanjiro.

O ponto central da análise reside na percepção de que o potencial completo da técnica não teria sido explorado durante o embate decisivo. Havia a expectativa de que Tanjiro, mesmo em condições adversas, conseguiria replicar a proeza de Yoriichi, o criador original, aproveitando o fato de Muzan estar debilitado pelo veneno. A ideia era que a maestria da sequência correta das formas poderia imobilizar ou neutralizar o vilão de forma definitiva.

Questões sobre a Sequência e Eficácia

O debate se aprofunda ao questionar se Tanjiro realmente cumpriu a ordem correta das 12 formas. Para alguns críticos do desfecho, a execução pareceu mais uma conexão livre de movimentos do que a sequência pré-determinada, que teoricamente visava atingir todos os pontos fracos de Muzan de maneira sistemática. A interrupção do fluxo devido aos ataques diretos de Muzan pode ter justificado a mudança, mas deixou uma sensação de oportunidade perdida para um momento de desenvolvimento máximo do protagonista.

No ideal imaginado por alguns, a cura de Nezuko através de sua Arte Demoníaca, restaurando a visão de Tanjiro, seria o catalisador para o clímax perfeito. Com o trio principal (Tanjiro, Inosuke e Zenitsu) protegendo-o, a perfeição dos movimentos para prender Muzan até o sol nascer seria a celebração ideal do legado da Respiração do Sol. O desfecho, que culminou em uma transformação bizantina de Muzan e a subsequente reversão, foi visto por alguns como menos impactante para o arco de Tanjiro.

Detalhes Secundários e o Mito da Flor de Espinho Azul

Além da luta principal, aspectos secundários da trama também geraram reflexão. A explicação sobre a Flor de Espinho Azul, cuja floração limitada a poucos dias por ano justifica a falha de Muzan em encontrá-la por mais de um milênio, foi elogiada pela sua lógica. Hipoteticamente, se a linhagem Kamado tivesse incorporado um ritual, como o consumo de um chá feito com a flor anualmente, isso explicaria a herança da resistência ao sol no sangue da família, de maneira similar à imunidade à glicínia desenvolvida por Shinobu Kocho.

Outro ponto de curiosidade é o destino de Yushiro, que, ao receber a droga que o transformou em humano, optou por continuar vivendo indefinidamente. A personagem detém um conhecimento e uma longevidade incomuns, acumulando riqueza e experimentando uma existência que supera até mesmo a de Muzan, levantando questões sobre seus objetivos futuros.

Apesar das ressalvas sobre a última batalha, a jornada de Tanjiro e a conclusão da guerra contra os demônios permanecem um marco, embora sempre haja espaço para especular sobre como um desenvolvimento diferente teria honrado de forma mais vistosa a ancestralidade da Respiração do Sol.