A ausência do ninjutsu: Como seria o mundo shinobi se hagoromo não tivesse passado seu poder adiante?
Uma análise hipotética explora as consequências da falha de Hagoromo Ōtsutsuki em transmitir o ninshu aos seus filhos, alterando toda a estrutura ninja.

A história central do universo Naruto é profundamente moldada pela decisão de Hagoromo Ōtsutsuki, o Sábio dos Seis Caminhos, de dividir seu poder transcendental entre seus filhos, Indra e Asura. Esta partilha deu origem ao ciclo de ódio e amizade que definiu gerações de conflitos e a própria existência das vilas ocultas.
Contudo, ao examinar cenários alternativos, levanta-se uma questão fundamental: o que ocorreria se Hagoromo decidisse reter o ninshu, o poder espiritual capaz de conectar a humanidade, ou falhasse em passá-lo a qualquer um dos herdeiros? A ausência dessa herança transformaria radicalmente a evolução da sociedade ninja, potencialmente para o bem ou, ironicamente, para um estado de desordem ainda maior.
Onde estaria a união sem a doutrina de paz?
O legado de Hagoromo não foi apenas a criação do chakra como conhecemos, mas também uma filosofia de paz e coexistência. Se Indra e Asura não tivessem recebido a primeira manifestação organizada desse poder, a disseminação inicial do que viria a ser o ninjutsu seria caótica e descentralizada. Sem o ímpeto inicial estabelecido pelos descendentes do Sábio, a cristalização de técnicas e o estudo formais do uso de chakra poderiam ter levado muito mais tempo.
Indra, com sua afinidade inata para o poder bruto e habilidades visuais, e Asura, com seu talento para o trabalho em equipe e vitalidade, representaram os dois polos da filosofia ninja. Sua rivalidade, embora destrutiva, forçou o desenvolvimento de métodos de combate e a busca por equilíbrio. Sem essa dualidade motivadora, o progresso tecnológico e tático das artes ninjas poderia ter estagnado em estágios muito primitivos.
Estagnação ou Fragmentação do Poder
A ausência de um sucessor direto para o ninshu sugere dois caminhos principais para o mundo shinobi. O primeiro é a estagnação. Se o chakra se desenvolvesse de forma lenta e gradual, sem a aceleração causada pelas linhagens diretas de Hagoromo, as nações poderiam permanecer em um estado de conflitos tribais por séculos. A estrutura de clãs poderosos, como os Uchiha e Senju, que definiram a era anterior à fundação de Konoha, teria fundamentos completamente diferentes.
O segundo caminho seria a fragmentação ainda maior. Sem a crença em uma figura messiânica que unificou o chakra pela primeira vez, o poder poderia ter se dispersado em milhares de pequenos cultos ou grupos místicos. O conceito de uma força unificada, base para a ideia de uma Vila Oculta - um local de refúgio e treino - jamais teria se estabelecido com a mesma força doutrinária.
A fundação das grandes nações e a subsequente era de guerras mundiais, marcadas pela influência dos descendentes diretos do Sábio, simplesmente não teriam ocorrido nos moldes conhecidos. O mundo seria, inevitavelmente, irreconhecível, talvez habitado por pessoas com habilidades místicas rudimentares, mas desprovidas da cosmovisão e da infraestrutura que definiram a vida de Shinobis como Naruto Uzumaki e seus antecessores. A ausência do legado de Hagoromo é, portanto, mais do que apenas a perda de um poder, é a reescrita da própria fundação da civilização shinobi.

Analista de Anime Japonês
Especialista em produção e elenco de animes e filmes japoneses originais. Possui vasta experiência em cobrir anúncios de elenco, equipe técnica e trilhas sonoras de produções de nicho, focando na precisão dos detalhes da indústria.