A única vez em que obito uchiha demonstrou medo genuíno de madara
Uma análise revela o instante singular em Naruto onde Obito Uchiha, mesmo mascarado, revela um medo autêntico e palpável de Madara Uchiha.
A narrativa de Obito Uchiha é marcada por uma fachada de controle implacável e uma aparente aceitação de seu papel subserviente sob a sombra de Madara Uchiha. No entanto, há um momento crucial na série que sugere uma quebra nessa compostura, interpretado como o único instante em que Obito demonstrou um medo genuíno e detectável, mesmo ostentando a máscara que ocultava suas vulnerabilidades.
Este ponto de inflexão ocorre durante uma interação específica onde a hierarquia de poder é inegavelmente estabelecida. Enquanto Obito, mesmo na condição de Edo Tensei com a Akatsuki sob seu comando, parecia imperturbável diante de ameaças e desafios, sua reação a Madara revela uma pressão psicológica profunda e um reconhecimento da superioridade absoluta de seu mestre.
A pressão da presença de Madara
A postura de Obito até então sugeria uma confiança baseada em suas capacidades defensivas e ofensivas, notadamente o uso do Kamui, que lhe garantia uma rota de fuga quase infalível, e o Izanagi, uma técnica de anulação de morte. Com Kakashi sendo essencialmente o único capaz de confrontá-lo diretamente, Obito parecia operar em uma zona de segurança relativa.
Contudo, a cena em questão demonstra que a mera proximidade ou a imposição de vontade de Madara foi suficiente para abalar Obito profundamente. Essa reação sublinha a dimensão do poder e da autoridade que Madara exercia sobre ele. Não se tratava de uma simples desavença tática ou um desafio militar que pudesse ser contornado; era a demonstração crua de que, no arranjo de poder estabelecido, Obito jamais poderia ultrapassar ou enganar o verdadeiro arquiteto do plano.
O reconhecimento da ordem de poder
O autor da observação aponta que Obito parecia abraçar o papel de líder das forças reanimadas da Akatsuki, incluindo a presença de Itachi Uchiha, um inimigo anterior. Essa aparente aceitação de ser o alvo principal era sustentada pela crença em sua impunidade relativa. No entanto, o confronto visual com Madara o trouxe de volta à realidade de sua posição na estrutura de poder.
Essa expressão de vulnerabilidade, mesmo fugaz, contrasta drasticamente com a imagem fria e calculista que Obito cultivou durante a maior parte de sua participação na saga Shippuden. Revela-se que, por baixo de toda a manipulação adquirida após a tragédia de Rin Nohara, havia um fantasma de seu passado e um respeito temeroso pela força bruta e a mente estratégica de Madara Uchiha, o lendário shinobi do Período dos Estados Combatentes (Sengoku).
A análise sobre esse breve momento serve como um lembrete da complexidade inerente aos personagens centrais de Naruto, onde até mesmo aqueles que abraçam o lado sombrio possuem pontos de fragilidade ligadas aos seus laços mais profundos e aos seus superiores. A imagem capturada, embora momentânea, resume a dinâmica de mestre e pupilo levada ao extremo da subserviência forçada.