Por que a tetralogia 'rebuild of evangelion' merece atenção como obra autônoma

A tetralogia Rebuild of Evangelion, que compreende os filmes Evangelion: 1.0 You Are (Not) Alone, Evangelion: 2.0 You Can (Not) Advance, Evangelion: 3.0 You Can (Not) Redo e Evangelion: 3.0+1.0 Thrice Upon a Time, continua a ser um ponto de intensa discussão dentro da comunidade de fãs de animação japonesa. Apesar de sua conexão intrínseca com a série original de Hideaki Anno, há uma tendência de alguns espectadores desconsiderarem a nova saga por acreditarem erroneamente que se trata de um simples remake.

Esta percepção equivocada é um obstáculo significativo para que a obra alcance seu pleno potencial de apreciação. É fundamental compreender que os Rebuilds não são apenas uma repetição da narrativa original, mas sim uma reinterpretação completa que estabelece uma linha do tempo totalmente nova, com desdobramentos dramáticos, visuais e conceituais distintos.

Uma Continuidade Alternativa com Novas Direções

Enquanto a série de TV de 1995 e o filme The End of Evangelion oferecem um clímax e uma conclusão definidos, a franquia Rebuild utiliza esses elementos como ponto de partida para explorar caminhos radicalmente diferentes. A evolução visual é notável, com animações modernizadas e um escopo de ação expandido, aproveitando as capacidades técnicas do cinema contemporâneo.

Além dos avanços estéticos, a narrativa se aprofunda em aspectos que foram apenas insinuados anteriormente. Personagens ganham novas profundidades, e a mitologia central é expandida, introduzindo reviravoltas que justificam a existência desta nova iteração. O diretor Hideaki Anno orquestrou uma jornada que dialoga com o legado, mas se foca na construção de um futuro distinto para seus protagonistas.

Merecimento de Audição Individual

Para qualquer apreciador de ficção científica complexa ou drama psicológico, ignorar os Rebuilds por um preconceito de suposta redundância é perder uma obra rica e substancial por si só. O ciclo de filmes oferece uma experiência coesa e autônoma, capaz de satisfazer tanto o espectador veterano que busca novas perspectivas sobre os Evangelions quanto o novato que deseja mergulhar em uma história complexa, embora visualmente espetacular.

Recomenda-se que o público interessado se aproxime dos Rebuilds com a mente aberta, tratando-os como um universo paralelo fascinante. Essa abordagem garante que o mérito artístico e a inovação proposta por esta fase mais recente da saga sejam devidamente reconhecidos, longe das sombras da nostalgia da obra original.