Teorias sobre a linhagem de muzan kibutsuji e a imunidade solar: Uma análise dos contos paralelos

A complexa mitologia por trás de Muzan Kibutsuji, o antagonista central de Demon Slayer: Kimetsu no Yaiba, continua a gerar intensa análise entre os entusiastas da obra. Recentes especulações, originárias de informações presentes em materiais suplementares como os fanbooks, tocam em um ponto particularmente intrigante: a existência de supostas filhas, geradas a partir de uniões com mulheres humanas ao longo dos séculos.

O cerne dessas conjecturas reside na alegação de que essas descendentes seriam, de alguma forma, imunes à luz solar, a maior vulnerabilidade dos demônios. Este detalhe levanta questões profundas sobre a natureza do Rei Demônio e seus objetivos primários. Se essas filhas realmente existiram e possuíam tal resistência, isso indicaria uma busca mais ampla por uma cura ou domínio completo sobre o sol, talvez até sugerindo um traço de humanidade que Muzan tentou preservar ou replicar sem sucesso em si mesmo.

A busca pela perfeição demoníaca

A teoria sugere que, ao não canibalizar essas filhas, Muzan poderia estar guardando a chave para superar sua maior fraqueza, apontando para um desejo distante de conquistar o dia. Contudo, uma linha de raciocínio alternativa oferece uma perspectiva mais fria e egocêntrica sobre a decisão do demônio supremo. Sob este prisma, Muzan, obcecado em se ver como o ser perfeito, teria evitado a absorção dessas crianças não por afeição, mas porque elas representavam um desvio biológico de sua idealização de perfeição demoníaca.

A ideia de que ele as poupou apenas para estudar uma possível rota alternativa para a imunidade solar é mais alinhada com sua personalidade calculista. Entretanto, se a imunidade solar fosse uma característica que pudesse ser passada geneticamente ou adquirida através de procriação humana, sua posterior falha em se tornar capaz de suportar o sol - mesmo após absorver inúmeros outros demônios - ganha um novo significado. Talvez ele tenha percebido que a solução não estava na preservação dos traços humanos, mas sim na completa eliminação deles, inclusive abandonando qualquer vestígio de sua antiga vida.

A falha do caminho humano

O caminho para o daywalking, como visto em personagens como Tamayo, demonstrou ser dependente de uma integração complexa entre o físico demoníaco e resquícios de sua biologia anterior. A relutância inicial de descer a esse nível de hibridismo pode ter sido a razão pela qual Muzan rejeitou seus potenciais descendentes imunes, mantendo-se arrogante em sua busca por uma evolução puramente demoníaca. A ausência de evidências concretas sobre essas múltiplas filhas permite que essas interpretações revelem facetas mais sombrias e desesperadas do Rei Demônio, cujos métodos para imortalidade e poder nunca foram puramente lineares.