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Teorias complexas exploram um final de redenção irônico para griffith em berserk

Uma linha de raciocínio sugere que o fim mais impactante para Griffith não seria a morte, mas a impotência forçada ao lado de Guts e Casca, impulsionada pelo garoto do luar.

Analista de Mangá Shounen
01/11/2025 às 16:30
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O destino de Griffith, uma das figuras mais complexas e controversas da narrativa de Berserk, continua a alimentar debates intensos sobre qual seria a conclusão verdadeiramente satisfatória para sua trajetória de traição e ascensão. Longe da esperada vingança final de Guts, uma análise mais sutil sugere que a punição máxima para o Femto seria uma forma de degradação psicológica e física, mais dolorosa que a própria morte.

A premissa central dessa linha interpretativa reside na revelação do Menino do Luar. Se a entidade que visita Casca durante as noites de lua cheia é, de fato, o filho biológico dela com Guts, a dinâmica de um confronto direto entre Guts e Griffith se torna drasticamente complicada. Matar Griffith, nesse cenário, implicaria no sacrifício da essência vital de seu próprio filho.

A ironia da nova dependência

O desfecho imaginado é profundamente irônico: Guts e Casca seriam forçados a manter Griffith vivo. A necessidade de garantir a segurança e o bem-estar do Menino do Luar exigiria que eles tolerassem a presença contínua da encarnação do seu algoz. Griffith, antes o mestre de seu próprio destino e ambição, seria reduzido novamente à sua condição humana incapacitada, sendo cuidado pelas duas pessoas que ele mais feriu.

Essa situação forçada representaria uma tortura existencial. Griffith, impotente e aleijado, estaria eternamente à mercê da bondade superficial de Guts e Casca, forçado a testemunhar a vida que ele destruiu, sem capacidade de reagir ou resistir. A motivação para esse cuidado não seria amor ou perdão, mas sim o amor paternal pelo filho que compartilha o mesmo corpo sagrado.

Essa provação ecoaria, de forma invertida, um momento de sonho de Griffith antes do Eclipse, onde ele se via confinado em uma cabana, recebendo sopa das mãos de Casca. A diferença crucial é que, no final deste arco, ele estaria preso não por desejo, mas por necessidade, tornando a experiência genuinamente angustiante.

A inversão de papéis e o desvanecimento

A continuidade desse arranjo culminaria em uma inversão progressiva de controle sobre o corpo hospedeiro. Argumenta-se que, com o tempo, o Menino do Luar ganharia maior domínio, revertendo o ciclo. Griffith se tornaria a entidade espectral, surgindo apenas esporadicamente nas noites de lua cheia, enquanto a natureza pura da criança assumiria a maior parte da existência.

Eventualmente, Griffith se dissolveria completamente no vazio, não derrotado pelo ódio, mas lentamente consumido e apagado pela inocência que ele tentou esmagar. Seria um fim passivo, forçado pela lógica do sacrifício paternal, e não pela espada de um inimigo. Essa conclusão representaria a maior humilhação para um personagem obcecado por controle e glória: ser esquecido enquanto sobrevive, privado de sua forma e influência.

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Tags:

#Berserk #Griffith #Moonlight Boy #Final #Guts e Casca

Analista de Mangá Shounen

Especializado em análise aprofundada de mangás de ação e batalhas (shounen), com foco em narrativas complexas, desenvolvimento de enredo e teorias de fãs. Experiência em desconstrução de arcos narrativos e especulações baseadas em detalhes canônicos.

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