Teoria sugere que o objetivo final de griffith em fantasia é um sacrifício supremo

Uma profunda análise especula que a construção de Fantasia por Griffith visa um ato final de entrega para alcançar um novo nível de poder.

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Analista de Mangá Shounen

21/10/2025 às 09:07

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O universo complexo de Berserk, criado pelo falecido Kentaro Miura, continua a gerar especulações profundas sobre os planos de seu antagonista central, Griffith. Uma linha de raciocínio interpretativa sugere que toda a arquitetura social e espacial erguida por ele, conhecida como Fantasia, não seria seu destino final, mas sim um mecanismo para um sacrifício de magnitude inédita.

Griffith, agora manifestado como Femto e líder do novo reino, tem demonstrado um cuidado meticuloso com a população de Fantasia, promovendo paz e prosperidade. Embora este comportamento pareça contradizer sua natureza anterior, a teoria aponta que essa aparente benevolência seria apenas a fase de incubação para um propósito muito mais sombrio e elevado.

A Construção Pacífica como Isca

A criação de um paraíso artificial sob seu comando serve a um propósito estratégico. Se o objetivo de Griffith é transcender a hierarquia existente no mundo espiritual, ele precisaria de algo de valor inestimável para oferecer. A teoria postula que Fantasia, um domínio construído com o propósito de abrigar a humanidade e as criaturas místicas, seria transformado no objeto de um rito de sacrifício em escala maciça.

O sacrifício de Fantasia, toda a sua criação e a energia vital contida nela, poderia ser o preço a ser pago para atingir um estado de ser que o equipare ou até mesmo o coloque acima da própria Ideia do Mal, a entidade cósmica que rege o destino no mundo de Berserk. Esse ato seria o passo definitivo para solidificar seu domínio sobre a realidade, tornando-o uma força onipotente e fundamental do cosmos.

O Paralelo com o Eclipse

Este conceito ecoa, em uma escala muito maior, o infame Eclipse, onde Griffith sacrificou a Banda do Falcão para obter o corpo de Femto. A diferença crucial seria a escala. Enquanto o Eclipse envolveu a entrega de seus companheiros mais próximos, o sacrifício de Fantasia representaria a entrega de uma nação inteira e, possivelmente, o próprio conceito de um mundo utópico que ele mesmo engenhou. Ele estaria, metaforicamente, sacrificando a própria ideia de felicidade que prometeu.

A aparente bondade e a manutenção da ordem são, sob essa ótica, atos de investimento. Quanto mais estável e próspero for o reino, maior será o valor da sua destruição ritualística. A narrativa sugere que o caminho para a divindade, ou para um poder superior à Ideia do Mal, exige um rompimento completo com os laços emocionais e construtivos, culminando na aniquilação do objeto de sua atenção recente.

Se esta premissa se confirmar, o clímax da saga de Kentaro Miura envolverá não apenas a luta contra Griffith, mas a tentativa de impedir a destruição total da mais recente iteração de um mundo protegido, um palco final montado pelo próprio antagonista para selar seu lugar eterno no panteão das forças do mal, como descrito em análises sobre os padrões narrativos do mangá Berserk.

An

Analista de Mangá Shounen

Especializado em análise aprofundada de mangás de ação e batalhas (shounen), com foco em narrativas complexas, desenvolvimento de enredo e teorias de fãs. Experiência em desconstrução de arcos narrativos e especulações baseadas em detalhes canônicos.