Nova teoria sugere que a função original dos quincies era exterminar pecadores do inferno

Em meio às recentes descobertas sobre a história do Soul King, Yhwach e a raça Quincy no mangá Bleach, uma inconsistência percebida por observadores atento tem gerado análises profundas sobre o papel primordial desse grupo aparentemente anjo.

O dilema do abandono racial

A premissa que fundamenta essa nova interpretação questiona a lógica de Reio, o Soul King, ter supostamente abandonado sua própria linhagem, os Quincies. Se eles eram seres criados ou ligados diretamente a essa entidade primordial, por que seriam deixados à própria sorte ou teriam seus propósitos desviados?

Para responder a essa aparente contradição, a análise volta-se para outro ponto crucial da narrativa: a saturação do Inferno. Foi notado, através de diálogos como o de Szayelaporro Granz, que o Inferno já estava em seu limite, transbordando almas. Considerando o ciclo infinito de renascimento e a contínua chegada de almas, esse transbordamento é uma consequência inevitável, a menos que houvesse um mecanismo de controle mais ativo.

A hipótese de aniquilação direcionada

A chave para a teoria reside na capacidade única dos Quincies: a aniquilação completa da alma, removendo-a da existência. Argumenta-se que essa habilidade extraordinária talvez não tenha sido desenvolvida primariamente para lidar com Hollows, os espíritos corrompidos que vagam pelo mundo exterior, mas sim para lidar com aqueles que, após a morte natural, eram julgados indignos e destinados ao ciclo infernal.

Sob essa ótica, os Quincies deixam de ser meros caçadores de Hollows e assumem um papel mais celestial e punitivo. Eles seriam, essencialmente, os agentes encarregados de processar e erradicar os verdadeiros pecadores, limpando o sistema cósmico da dor e da mácula moral.

O design angelical como pista

A estética dos Quincy, frequentemente descrita com traços angelicais e equipamentos que remetem a figuras celestiais, ganha um novo significado. Se sua função era combater o mal profundo, o submundo moral daquele universo, suas aparências seriam representações literais de sua missão divina: serem os anjos executores, incumbidos de aplicar a justiça final contra aqueles que mereciam o esquecimento eterno.

Essa perspectiva recontextualiza a luta entre Shinigamis e Quincy, transformando a disputa não apenas em uma guerra de territórios e ideologias sobre a vida e a morte, mas em um conflito fundamental sobre o destino das almas mais depravadas. A verdadeira razão pela qual o Soul King formou os Quincies, portanto, poderia ser a manutenção da ordem moral do pós-vida, um serviço vital para evitar o colapso do equilíbrio entre os mundos.