Teoria sugere que conjuração emissiva em hunter x hunter baseia-se na manifestação subconsciente de feras de nen
Uma análise aprofundada explora como a habilidade de Emissão pode manifestar criaturas de Nen, contrastando com a conjuração tradicional.
Um novo olhar sobre as mecânicas de Nen em Hunter x Hunter propõe uma explicação fascinante para a sobreposição entre as categorias de Emissão e Conjuração. A teoria sugere que a capacidade dos Emissores de 'conjurar' objetos não se trata de uma manipulação direta de forma, mas sim de um processo onde a aura emitida, sob comandos complexos e fornecimento constante de energia, gradualmente ganha forma autônoma, manifestando criaturas baseadas no subconsciente do usuário.
A inconsistência aparente entre Emissão e Conjuração
O ponto de partida dessa análise reside na aparente contradição entre Emissão e Conjuração. Enquanto a Conjuração exige a materialização precisa de objetos através de intensa concentração mental e visualização, a Emissão, por natureza, envolve a projeção de aura para longe do corpo, geralmente sem formato definido ou com formas simples. O fato de Emissores apresentarem exemplos de 'conjuração' que se manifestam predominantemente como bestas de Nen, como visto em vários momentos da narrativa, levanta questionamentos sobre a eficácia ou a verdadeira natureza dessa aplicação.
Criar vida ou entidades complexas, como as feras de Nen, envolve um nível de dificuldade significativo no sistema de Nen. A complexidade intrínseca para que um guarda-costas real crie um predador, por exemplo, indica que tais feitos estão no limite das técnicas de conjuração. Isso torna incomum que a aplicação 'conjuratória' de um Emissor se restrinja majoritariamente à criação de seres vivos.
A hipótese da manifestação subconsciente
A teoria desenvolvida propõe que, ao emitir aura e anexar comandos complexos a ela, um Emissor capaz de manter um fluxo constante de energia - algo que é a especialidade dessa categoria - pode fazer com que essa aura comece a tomar forma por conta própria. Com controle suficiente, em vez de simplesmente explodir, o Nen excedente se molda em uma criatura, carregando influências do subconsciente do usuário. O Emissor, então, apenas fornece ajustes sutis para guiar o resultado desejado.
Essa abordagem se alinha com a natureza do Nen, que se origina fundamentalmente de seres vivos. Argumenta-se que, reagindo à energia emanada, o Nen naturalmente tenta recriar formas vivas. A predominância das bestas de Nen entre Emissores poderia ser explicada pela necessidade dessas criaturas de um fornecimento contínuo de energia, grande ou pequeno, para manter funções básicas como movimento independente e alguma forma de tomada de decisão, o que facilitaria a capacidade dos Emissores de sustentar essas criações por longos períodos, semelhantemente ao poder que Razor demonstra ao evocar suas estrelas.
Diferenças conceituais e aplicações
Esta visão também oferece uma perspectiva interessante sobre as diferenças fundamentais entre as duas categorias. Enquanto o Conjuração exige que o usuário imbuía o objeto com um pensamento e imagem profundamente definidos para materializar algo idêntico ao conceito mental (como diferenciar um clone emitido de um conjurado, que precisa ser perfeito), a Emissão permitiria que o subconsciente do usuário se manifestasse de maneira mais orgânica e menos controlada conscientemente.
Um ponto que reforça essa ideia é o caso das bestas de Nen reais. Se estas foram, de fato, criadas por Emissão, isso explicaria por que seus hospedeiros não parecem ter tido qualquer pensamento consciente no processo de criação. Isso contrasta brutalmente com a Conjuração, que demanda intensa visualização e treinamento de imagem. Em suma, os dois métodos alcançam um objetivo semelhante - a manifestação de algo externo - mas por caminhos opostos: controle meticuloso versus liberação guiada.