Análise especulativa sugere a existência de técnicas de respiração perdidas no universo de demon slayer
A lacuna de tempo na posição da Hashira da Flor levanta questões sobre estilos de respiração nunca documentados na trama.
O vasto universo de Kimetsu no Yaiba, conhecido em português como Demon Slayer, é construído sobre a hierarquia rigorosa dos Caçadores de Demônios e suas poderosas técnicas de respiração. Uma análise do cânone da obra aponta para um fascinante espaço de especulação: a possível existência de estilos de respiração que foram perdidos ao longo do tempo devido à falta de sucessores.
O fato notório que embasa essa teoria é o hiato de aproximadamente uma década em que o posto de Hashira da Flor permaneceu vago após a morte de Kanae Kocho, irmã de Shinobu Kocho. Enquanto a série foca nos estilos canônicos amplamente conhecidos, essa ausência prolongada em um posto de alta patente permite inferir que outros estilos, talvez regionais ou específicos de linhagens familiares, poderiam ter desaparecido do registro oficial.
O vácuo canônico e a preservação das técnicas
A transmissão das técnicas de respiração depende intrinsecamente da existência de um professor. Se um mestre morre sem um discípulo treinado para herdar e preservar o estilo, o conhecimento técnico corre o risco de se extinguir. Pensando nisso, estilos como a Respiração do Gelo ou a Respiração do Pássaro poderiam teoricamente existir no contexto da história, sem nunca terem sido catalogados ou sequer mencionados diretamente na narrativa central.
A ausência de refutação direta é o ponto chave da argumentação. No universo de fantasia, o que não é explicitamente negado pode permanecer como uma possibilidade plausível, ou um lore não explorado. Isso difere de técnicas que são claramente introduzidas e depois abandonadas, como o estilo específico de Giyu Tomioka, que ele mal ensinava, mas que se manteve vivo através dele.
Implicações para a lore de Demon Slayer
A aceitação desta possibilidade enriquece a profundidade do mundo criado por Koyoharu Gotouge. Demonstra que a organização dos Caçadores de Demônios era muito mais vasta e complexa do que os Nove Hashiras representam no auge da história. Poderia haver centenas de habilidades desenvolvidas ao longo dos séculos, muitas das quais se tornaram lendas ou simplesmente se desintegraram com as gerações.
Isso abre um campo fértil para a imaginação sobre como seriam essas habilidades perdidas. Uma Respiração do Gelo, por exemplo, poderia envolver técnicas de congelamento de membros atacantes ou de desaceleração extrema do oponente, adaptando-se aos princípios de fluxo sanguíneo explorados nas respirações conhecidas. Para os entusiastas da obra, essa lacuna sugere que a mitologia dos Caçadores de Demônios transcende o que foi mostrado nas batalhas contra Muzan Kibutsuji.
A persistência de um posto vago na estrutura de liderança, como o da Hashira da Flor, funciona como um lembrete sutil de que a história da organização é longa e repleta de perdas silenciosas, onde mais do que vidas, valiosas formas de combate foram perdidas para sempre no decorrer dos anos.