A solidão perpétua de madara: O dilema existencial após o sucesso do tsukuyomi infinito
Atingir o objetivo final de Madara Uchiha levanta uma questão crucial sobre o propósito da eternidade sem conflito.
A conclusão da saga Naruto, marcada pela ativação potencial do Tsukuyomi Infinito, convida a uma profunda reflexão sobre o que aconteceria se o ambicioso plano de Madara Uchiha fosse totalmente concretizado. O objetivo final do Uchiha, aprisionar a humanidade em um sonho perfeito e eterno, significava paz, mas também o fim de toda a agência individual e do conflito que molda a existência.
O vácuo da perfeição alcançada
Análises sobre tal cenário levantam uma questão fundamental: o que restaria para o próprio Madara? Se a missão de sua vida fosse cumprida e o mundo estivesse imerso em ilusões pacíficas, o mestre ninja se encontraria sozinho, no auge de seu poder, mas sem adversários dignos ou propósito imediato. Por quanto tempo a satisfação de um plano magistralmente executado poderia sustentar a mente de um indivíduo?
A expectativa é que a imortalidade, neste contexto, seria rapidamente substituída pela estagnação. Um século, talvez menos, na solidão de um planeta repleto de seres em estado de sonho profundo, poderia ser o limite da tolerância de Madara. Sua grandiosidade sempre foi medida pela capacidade de superar desafios e impor sua vontade sobre o mundo ninja. Sem essa oposição, seu legado correria o risco de se tornar uma prisão solitária.
A entropia do poder absoluto
Madara Uchiha, ao longo da narrativa de Naruto, demonstrou orgulho imenso e uma necessidade constante de validação através do poder. Se ele tivesse sucesso, o que ele planejava fazer com o resto de sua eternidade? Viveria observando a perfeição induzida, ou a falta de qualquer evento inesperado o forçaria a criar um novo ciclo de caos para si mesmo?
Diferente de personagens que buscam a paz interior ou a aposentadoria, Madara sempre demonstrou um desejo ativo de moldar a realidade. Passar a eternidade contemplando o cosmos ou a estase da humanidade parece contraditório ao seu perfil. É provável que, em seu próprio entendimento, ele teria que se tornar o guardião ou, ironicamente, o primeiro disruptor do sistema que criou.
A implicação é que o ápice da vitória de Madara seria o seu ponto de inflexão existencial. A paz absoluta, imposta por ele, provavelmente se tornaria insuportável. Ele teria de tomar uma decisão radical para reacender o senso de luta. Isso poderia envolver libertar seletivamente indivíduos para criar um novo conflito ou, de forma mais dramática, buscar uma forma de desfazer a própria magia que o coroou vitorioso, provando que a vida, mesmo dolorosa, é mais interessante que a quietude forçada.