A reversão trágica de muzan: O que aconteceria se a flor de cemitério azul o tornasse humano

Uma análise de um cenário alternativo onde Muzan absorve a flor, mas perde sua imortalidade e poder demoníaco.

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Analista de Mangá Shounen

05/11/2025 às 11:50

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A busca incessante de Muzan Kibutsuji pelo poder supremo e sua obsessão em conquistar o sol podem ter levado a um destino paradoxal, conforme explorado em uma intrigante vertente narrativa. A premissa central envolve a concretização do sonho de Muzan: encontrar a lendária Flor de Cemitério Azul, a mesma que prometia a cura completa de sua aflição original e a capacidade de subjugar o sol.

Neste cenário hipotético, Muzan consegue triunfar sobre os Hashiras e Tanjiro Kamado, aproximando-se da vitória definitiva contra a luz solar. Ao absorver a flor, que representava a peça chave que lhe faltava há milênios, sua expectativa de invencibilidade se desfaz de maneira catastrófica. Em vez de alcançar a perfeição, ele experimenta a reversão total: a transformação em um ser humano mortal.

O preço da ambição e a perda de controle

O texto aponta que a flor era o componente final de um tratamento rudimentar que Muzan, ainda humano, buscava há mil anos, antes de matar o médico em um acesso de fúria e incompetência. Reviver essa fragilidade humana, agora fraco e decaído, teria consequências imediatas sobre seu domínio. A força que o mantinha unido aos seus subordinados seria desfeita; os demônios sob sua influência despertariam de seu transe hipnótico.

O subsequente destino de Muzan seria sombrio, com a possibilidade real de ser desmembrado e consumido pelos próprios demônios que antes temiam sua ira. A queda do Rei Demônio abriria um vácuo de poder sem precedentes dentro da hierarquia demoníaca, redefinindo o equilíbrio de forças no mundo.

Efeitos na hierarquia demoníaca

O impacto dessa mudança dependeria crucialmente do momento em que essa transição ocorresse. Se o evento se desse antes do Infinity Castle Arc, por exemplo, a lógica sugere que Kokushibo, sendo o demônio mais poderoso remanescente, teria a ascensão natural ao trono, assumindo o manto de novo Rei Demônio. Ele representaria a segunda maior ameaça à humanidade.

Contudo, se a queda de Muzan acontecesse após o arco final, onde todas as Luas Superiores já foram aniquiladas, o cenário seria de desmantelamento total. Restariam apenas demônios de menor escalão, lutando pela sobrevivência em um mundo que não tem mais uma figura central para impor ordem ou direcionamento. A formação de uma nova sociedade demoníaca a partir dos escombros do reino de Muzan seria um feito improvável, dando lugar ao caos.

O instinto predatório de se alimentar de carne humana permaneceria como um obstáculo intransponível para qualquer tentativa de reintegração demoníaca à sociedade, forçando-os a viverem nas sombras ou a se aniquilarem mutuamente na luta por recursos.

Novos protagonistas na era pós-Muzan

Essa anarquia abre oportunidades narrativas robustas para novos protagonistas assumirem o centro do palco. Personagens como Yushiro e o gato demônio Chachamaru, herdeiros do trabalho da Dra. Tamayo, poderiam se tornar pilares na prevenção do surgimento de um sucessor para Muzan. Sua missão seria consolidar a paz alcançada com o sacrifício dos caçadores e garantir que a era dos demônios dominantes chegasse permanentemente ao fim.

Este desfecho alternativo para o Rei Demônio, trocando a eternidade pelo pó da mortalidade, ofereceria uma conclusão irônica e trágica às suas aspirações, forjando um novo campo de batalha moral e político no universo de Kimetsu no Yaiba.

An

Analista de Mangá Shounen

Especializado em análise aprofundada de mangás de ação e batalhas (shounen), com foco em narrativas complexas, desenvolvimento de enredo e teorias de fãs. Experiência em desconstrução de arcos narrativos e especulações baseadas em detalhes canônicos.