Análise das regras internas dos hashira: A possibilidade de coexistência de múltiplos pilares com o mesmo estilo de respiração

A estrutura de poder dos Caçadores de Demônios levanta dúvidas sobre a exclusividade de um Pilar por estilo de respiração, especialmente os mais comuns.

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Analista de Mangá Shounen

29/10/2025 às 13:04

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Análise das regras internas dos hashira: A possibilidade de coexistência de múltiplos pilares com o mesmo estilo de respiração

A organização dos Caçadores de Demônios em Kimetsu no Yaiba é rigidamente hierárquica, culminando no corpo de elite conhecido como Hashira. Uma questão central que surge ao analisar o funcionamento interno da organização é se é permitido que mais de um indivíduo detenha o título de Hashira utilizando exatamente o mesmo estilo de respiração simultaneamente.

Embora a obtenção do posto seja notoriamente difícil - exigindo feitos como derrotar uma das Doze Luas Kizuki ou cumprir extensas missões como Kinoe, a classificação mais alta entre os Caçadores - a lógica competitiva sugere que estilos populares pudessem sustentar mais de um mestre.

A prevalência da Respiração da Água

A Respiração da Água, por exemplo, é amplamente reconhecida como o estilo mais praticado e difundido entre os membros da corporação. Se o acesso ao posto de Hashira depende primariamente do demonstrativo de força e habilidade excepcional, seria natural esperar que, dado o grande número de usuários treinados nesse estilo, pelo menos um segundo Hashira da Água pudesse surgir em algum momento.

O mangá sugere que haveria uma distribuição natural de talentos. No entanto, as narrativas frequentemente apontam para uma unicidade em torno dos Pilares, onde cada um parece representar o ápice singular de seu respectivo estilo. Pensemos no período Sengoku, uma época de intensa atividade demoníaca e maior número de espadachins ativos. Seria plausível que, sob a pressão de combater demônios mais numerosos e poderosos, a necessidade de múltiplos especialistas em um estilo comum forçasse a quebra dessa exclusividade de cargo.

O precedente da sucessão

Ainda que não explicitamente proibido, o sistema estabelecido parece favorecer a distinção. Durante o treinamento de alguns personagens, é mencionado que o objetivo final é que um sucessor seja capaz de superar o mestre anterior ou que o posto vago seja preenchido por um indivíduo singularmente qualificado.

Há exemplos de estilos que parecem ser naturalmente raros, como a Respiração da Névoa ou a Serpente. Já a Respiração do Trovão, mesmo sendo poderosa, apresentou um cenário complexo até mesmo em termos de sucessão, com o interesse de mais de um aprendiz ser reconhecido, como o antigo mestre do Clã Ubuyashiki demonstrou ao desejar que Zenitsu e Kaigaku seguissem o caminho, levantando a questão da aplicação de um estilo por dois altos escalões.

A regra tácita parece impor que, para ser um Hashira, o Caçador deve personificar a excelência inigualável daquele método de combate, um feito que, se alcançado por dois indivíduos simultaneamente sob o mesmo estilo, diluiria a distinção inerente ao título, tornando a estrutura de liderança menos clara para a tropa de Caçadores de Demônios. A questão permanece um fascinante ponto de interrogação sobre a rigidez das tradições dentro da organização.

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Analista de Mangá Shounen

Especializado em análise aprofundada de mangás de ação e batalhas (shounen), com foco em narrativas complexas, desenvolvimento de enredo e teorias de fãs. Experiência em desconstrução de arcos narrativos e especulações baseadas em detalhes canônicos.