Análise: A reação dos hashiras ao verem nezuko protegendo tanjiro kamado
Um momento crucial na jornada de Tanjiro e Nezuko levanta questões sobre como os pilares reagiriam a tal ato de defesa mútua.

A relação entre Tanjiro Kamado e sua transformação demoníaca, Nezuko, é um dos pilares centrais de Demon Slayer: Kimetsu no Yaiba. Um ponto de inflexão dramático que sempre gera análise é o instante em que Nezuko demonstra lealdade protetora ao irmão, mesmo sem controle humano total. A questão que surge é como os membros de elite do Corpo de Caçadores de Demônios, os Hashiras, reagiriam a essa demonstração de afeto e sacrifício vindo de uma oni.
O Código do Corpo de Caçadores é inequívoco: demônios precisam ser aniquilados, sem exceção. Para a maioria dos Hashiras, a existência de Nezuko é uma afronta direta à sua missão de vingança e proteção da humanidade. A simples presença dela representa um risco incalculável, independentemente de suas ações pontuais.
Rigidez e Pragmatismo dos Pilares
Analisando as personalidades conhecidas dos Pilares, a divergência de reações seria extrema, mas com um denominador comum inicial: desconfiança. O Pilar da Rocha, Gyomei Himejima, conhecido por sua profunda fé e emotividade, poderia ser o mais propenso a aceitar uma intervenção divina ou um milagre, especialmente se a proteção de Tanjiro fosse convincente. Sua compaixão inata, ainda que velada pela seriedade de sua função, poderia oferecer uma brecha para a sobrevivência dela, desde que supervisionada rigidamente.
Em contraste, posturas como as do Pilar das Chamas, Kyojuro Rengoku, e principalmente do Pilar da Água, Giyu Tomioka, se tornariam um obstáculo imediato. Rengoku, com seu senso de dever absoluto e honra, provavelmente veria o ato de proteção como uma anomalia ou uma tática demoníaca elaborada. Embora ele valorize a bondade, a prioridade seria a segurança de todos os envolvidos, forçando uma ação rápida para neutralizar a ameaça, a não ser que alguma autoridade superior, como o Mestre Ubuyashiki, interviesse.
As Reações Mais Extremas
O Pilar da Serpente, Obanai Iguro, e o Pilar do Som, Tengen Uzui, seriam, teoricamente, os mais implacáveis. Iguro, com sua desconfiança crônica da natureza demoníaca, dificilmente aceitaria Nezuko como algo além de uma aberração perigosa. A visão de uma oni defendendo um humano reforçaria sua crença na necessidade de erradicação total. Uzui, focado na bomba (o espetáculo), valorizaria a ação, mas consideraria a incapacidade de controlar a ferocidade demoníaca um fracasso inaceitável.
A decisão de poupar Nezuko não é apenas uma questão de piedade; é uma violação da estrutura operacional do Corpo de Caçadores de Demônios. O ponto chave do debate reside em saber se os Hashiras permitiriam que a emoção de Tanjiro suplantasse a lei estabelecida. O fato de Tanjiro ter conseguido poupar sua irmã, mesmo perante a ameaça constante dos pilares mais duros, atesta a força extraordinária de seu laço fraternal e a singularidade da própria Nezuko no panorama dos demônios submetidos a Muzan Kibutsuji.
Analista de Mangá Shounen
Especializado em análise aprofundada de mangás de ação e batalhas (shounen), com foco em narrativas complexas, desenvolvimento de enredo e teorias de fãs. Experiência em desconstrução de arcos narrativos e especulações baseadas em detalhes canônicos.