A polêmica do personagem usopp em one piece: Novas perspectivas sobre os navegadores frágeis
Um espectador iniciante expressa forte aversão ao personagem Usopp, destacando sua covardia e inutilidade na fase inicial de One Piece.
A jornada de novos espectadores pela épica narrativa de One Piece frequentemente traz à tona discussões intensas sobre a aceitação inicial dos personagens. No momento em que a saga de Alabasta se desenrola, uma perspectiva sincera vinda de alguém assistindo a obra pela primeira vez revela uma profunda frustração com o atirador da tripulação do Chapéu de Palha, Usopp.
Para muitos novatos, especialmente aqueles expostos à dublagem brasileira, a voz e a personalidade projetada do personagem podem ser um obstáculo significativo. A irritação apontada foca na aparente falta de propósito de Usopp nas batalhas da fase inicial, sendo frequentemente percebido como fraco, mentiroso e propenso a devaneios exagerados. Tais características, embora fundamentais para a construção dramática de seu arco, geram um desconforto imediato em quem busca a ação e a bravura típicas de um shonen.
O paradoxo da construção de personagem em shonen
O caso de Usopp serve como um estudo de caso interessante sobre como a narrativa de Eiichiro Oda lida com a imperfeição humana, algo central em One Piece. Diferentemente de figuras como Zoro, já estabelecido como um guerreiro dedicado, ou Luffy, cuja força bruta é evidente, Usopp é introduzido com múltiplas falhas. Sua covardia crônica, alimentada por sua história complexa como filho de Yasopp, um membro dos Piratas do Shanks, é o motor inicial de suas ações.
Comparar a reação negativa a Usopp com a aceitação de outros personagens vocalmente expressivos, como Zenitsu, da série Demon Slayer, sugere que o limiar de tolerância para a fraqueza varia conforme o contexto. Enquanto Zenitsu geralmente demonstra sua bravura após cair em desmaio, o medo de Usopp manifesta-se de forma mais explícita e constante no início da aventura, o que pode alienar o espectador em busca de heróis mais resolutos.
A função de Usopp vai além do combate direto. Ele é, intrinsecamente, o storyteller e o cozinheiro temporário do bando, mas é no campo de batalha que suas falhas se tornam mais latentes nas primeiras sagas. Em Alabasta, a necessidade de um suporte técnico e de um visionário da tripulação começa a se delinear, embora isso ainda não neutralize a percepção de inutilidade que acompanha o personagem.
Para os admiradores de longa data da obra, o sofrimento de Usopp é uma importante preparação psicológica. Sua eventual superação do medo e a transformação em Sogeking, bem como sua evolução como um inventor capaz de criar armamentos engenhosos, são alguns dos pontos altos de desenvolvimento do enredo. No entanto, o arco do personagem exige paciência, desafiando o espectador a investir na promessa de redenção, em vez de desfrutar da competência imediata.