A origem desconhecida do segundo sharingan de obito uchiha e as implicações de seu uso de chakra

Um dos mistérios mais persistentes no universo de Naruto diz respeito ao olho esquerdo de Obito Uchiha, especificamente a origem do Sharingan que ele implantou após seu aparente falecimento. A narrativa canônica estabelece que Obito perdeu seu olho direito, recebendo então o Sharingan de Madara Uchiha, mas a identidade do doador do olho esquerdo que ele utilizava consistentemente permanece como um ponto de fascínio e intensa análise entre os conhecedores da obra.

A questão da doação ocular

O olho funcional de Obito, aquele que exibia o Mangekyou Sharingan após o transplante, é frequentemente objeto de teorias. Embora a história oficial foque na recuperação de Obito e em seu subsequente envolvimento com Madara, o olho que completava seu par não é diretamente atribuído a um membro específico do clã Uchiha conhecido por ter morrido em combate ou por ter se tornado um doador compatível com as necessidades de Madara e, posteriormente, de Obito. A obtenção de um par funcional de Dōjutsu, especialmente um lendário como o Sharingan, levanta questões sobre a logística e a ética ninja da época.

A posse de dois Sharingans, um com a capacidade padrão aprimorada e outro talvez com implicações específicas relacionadas ao seu doador original, adiciona camadas à complexidade do personagem. A ausência de uma revelação clara sugere que o doador secundário pode não ser tão crucial para a trama quanto o próprio Madara, ou que sua identidade foi intencionalmente omitida para focar na ascensão de Obito como Tobi e, mais tarde, seu papel na Akatsuki.

O dilema da máscara e o consumo de chakra

Paralelamente à origem do olho, surge uma indagação tática intrigante: por que Obito, após adquirir a capacidade de utilizar o poder total dos dois Sharingans, optou por usar uma máscara única, escondendo apenas metade do rosto, em vez de adotar um acessório semelhante à dupla máscara que ele viria a usar mais tarde durante a Quarta Grande Guerra Ninja?

Algumas especulações sugerem que a primeira máscara, utilizada durante seu período como Tobi, servia primariamente a propósitos de dissimulação de identidade e intimidação, enquanto a máscara dupla, vista na guerra, poderia ter uma função mais prática ligada à contenção de energia. O uso de poderes visuais potentes, como o Sharingan, e, eventualmente, o Rinnegan, exige um gerenciamento rigoroso de chakra. A utilização de dispositivos que aparentemente suprimem o gasto energético ou ocultam a extensão total do poder ocular seria uma medida de precaução crucial.

A ausência de uma máscara cobrindo ambos os olhos no estágio inicial de Tobi, mesmo tendo dois olhos ativados, pode indicar duas possibilidades centrais. A primeira é que, no período inicial, Obito ainda não possuía a fonte de chakra necessária para sustentar um Mangekyou duplo ou que estava conservando energia para tarefas específicas. A segunda, mais focada na estética e na lenda, é que a máscara única era suficiente para construir a persona de Tobi, um indivíduo misterioso e poderoso, sem revelar completamente a simetria dos seus olhos, reservando o visual mais completo para confrontos cruciais onde o chakra não seria uma limitação, como visto anos depois.