Análise de consistência narrativa: O olfato de kakashi hatake e o reencontro com óbito uchiha

A complexidade dos laços formados no universo de Naruto frequentemente gera discussões sobre a coerência dos poderes e percepções sensoriais dos personagens. Um ponto notável de análise recai sobre a capacidade olfativa de Kakashi Hatake, especialmente em relação ao seu antigo companheiro de equipe, Óbito Uchiha.

O momento em questão se daria no período da Cúpula dos Cinco Kages, quando Óbito, sob a máscara de Tobi, se aproxima de Naruto Uzumaki para um confronto. Kakashi se encontrou a uma distância extremamente curta do mascarado, talvez a proximidade mais íntima que teve com Óbito desde que ele se revelou como funcionário da Akatsuki.

A capacidade sensorial de Kakashi

É um fato estabelecido no cânone de Naruto que Kakashi possui um olfato superior ao dos ninjas cães, os farejadores especializados. Esta é uma habilidade de percepção notável, que deveria lhe fornecer uma vantagem em rastreamento e reconhecimento.

A questão central levantada é se, dada essa superioridade olfativa, Kakashi deveria ter reconhecido o cheiro inconfundível de seu falecido companheiro, mesmo após quase duas décadas de separação. Embora o tempo seja um fator, existem paralelos narrativos que sugerem que o olfato pode superar longos períodos.

Precedentes de Reconhecimento Olfativo

Para contextualizar a longevidade do cheiro, cita-se o exemplo de Kiba Inuzuka, que conseguiu identificar o cheiro de Sasuke Uchiha, mesmo após três anos sem contato visual direto. Embora o intervalo de tempo entre Kiba e Sasuke seja menor do que o de Kakashi e Óbito, este serve como um ponto de referência da durabilidade da memória olfativa ninja.

Adicionalmente, há elementos contextuais que poderiam ter reavivado a memória de Kakashi sobre o aroma de Óbito. Argumenta-se que, após a suposta morte de Óbito, Kakashi frequentemente visitava a casa do amigo. Tais visitas, especialmente se fossem próximas o suficiente, poderiam ter preservado resquícios do cheiro do antigo Jōnin.

O ato de visitar o túmulo de Óbito também é um fator importante. A presença de itens pessoais, como os óculos de proteção de Óbito deixados sobre a lápide, poderia ter agido como um catalisador olfativo para Kakashi, mantendo o aroma ativo na sua memória sensorial por um período considerável. A discrepância entre a habilidade canônica de Kakashi e a ausência de reconhecimento naquele encontro íntimo permanece um tópico fascinante de análise dentro da mitologia de Masashi Kishimoto.