A natureza inerentemente demoníaca de kaigaku: Uma análise sobre sua traição e caráter antes da transformação
A história de Kaigaku em Kimetsu no Yaiba sugere que sua essência maligna precedeu sua transformação em Lua Superior.
A trajetória de Kaigaku, ex-discípulo de Jiguro Kuwajima e antigo colega de treino de Zenitsu Agatsuma, é frequentemente vista como um exemplo trágico de corrupção. No entanto, uma perspectiva levanta questionamentos sobre se sua escolha de se tornar um demônio foi tanto uma consequência quanto uma manifestação de um caráter já profundamente falho e egoísta, revelando uma alma demoníaca muito antes da intervenção de Muzan Kibutsuji.
Os Atos de Traição Antes da Transformação
A narrativa sugere que a semente da depravação de Kaigaku estava plantada muito antes de ele receber o sangue demoníaco. O personagem demonstrou uma falta de empatia alarmante ao trair aqueles que mais zelaram por seu bem-estar. Isso inclui não apenas seu mestre, Jiguro, mas também Gyomei Himejima, que o acolheu em sua juventude, e, crucialmente, Zenitsu durante seu treinamento conjunto.
Um dos pontos mais críticos destacados é o incidente no templo de Gyomei. Em face do perigo representado por um demônio, Kaigaku priorizou sua própria sobrevivência acima de tudo. A decisão de permitir que um demônio entrasse no recinto, abandonando deliberadamente as crianças inocentes sob sua proteção, ilustra um profundo desprezo pela vida alheia. A alegação é que ele poderia ter arquitetado um plano para se manter seguro dentro do espaço protegido pelo incenso de wisteria, mas escolheu o caminho mais covarde e auto-serviço, condenando os outros.
Um Desprezo Precoce pelas Regras do Corpo de Caçadores
O histórico ambíguo de Kaigaku se estende ao seu período inicial. Existiam indícios de que ele já violava os códigos fundamentais da organização antes mesmo de ingressar formalmente no treinamento de espadachim. Relatos indicam que ele estava envolvido em atos como roubo de dinheiro e quebra de regras estabelecidas. Para muitos observadores, isso questiona a própria validade de sua presença como aspirante a Caçador de Demônios, uma vocação que exige altruísmo e sacrifício.
A dinâmica com Zenitsu durante o treinamento sob Jiguro também reforça essa visão de superioridade tóxica. Kaigaku tratava seu colega com desdém, considerando-o inferior e relutante em cooperar, exibindo uma arrogância que mascarava uma insegurança profunda, explorada mais tarde por um demônio.
O Ódio Manifestado Contra o Mestre
Talvez o aspecto mais condenatório do caráter de Kaigaku seja sua declaração subsequente no Castelo Infinito, onde ele afirmou que seu mestre, Jiguro, merecia a morte. Jiguro representou a figura paterna que o resgatou de uma existência desprivilegiada. Em vez de gratidão, Kaigaku nutria um ressentimento que culminou no desejo pela aniquilação de seu benfeitor.
Essa malevolência intrínseca levanta um ponto de análise sobre a eficácia de Muzan em recrutar membros para as Luas Superiores: ele preferiu um indivíduo cuja essência já era egoísta e destrutiva. O fim rápido de Kaigaku nas mãos de Zenitsu, notavelmente sem a capacidade de regeneração robusta observada em outros demônios de alto escalão, é visto por alguns como um reflexo de sua qualidade fundamentalmente inferior, mesmo como demônio. A frase final é que, para ele, uma vez que o mal se estabelece por escolha, a transformação física apenas formaliza uma identidade já existente.