O mistério por trás do conhecimento médico do doutor de muzan em kimetsu no yaiba

A jornada para entender a transformação de Muzan Kibutsuji em sua forma demoníaca definitiva reside em um ponto crucial da narrativa de Kimetsu no Yaiba: o conhecimento médico primitivo concentrado em um único indivíduo.

A figura do médico que tratou Muzan séculos atrás é enigmática, especialmente pelo seu domínio sobre a fatalidade da Flor de Aranha Azul. Este profissional, cuja identidade permaneceu obscura por muito tempo, possuía um repertório de conhecimentos que superava os limites da medicina da era em que vivia. A questão central que intriga os observadores da saga é como ele chegou à conclusão exata de que a ingestão da referida flor seria o catalisador para a imortalidade e a transformação em demônio, um resultado que nem mesmo Muzan conseguiu atingir sozinho.

A conexão entre a Flor de Aranha Azul e a imortalidade

A Flor de Aranha Azul é apresentada como a única substância capaz de permitir que um demônio se torne totalmente imune à luz solar. O médico, ao examinar o corpo frágil de Muzan, teria reconhecido ou deduzido essa propriedade única da flor, algo que transcende o conhecimento médico comum da época. Isso sugere que este doutor pode ter tido acesso a informações muito mais antigas ou especiais sobre os segredos da vida e da morte, muito antes da formação oficial das Luas Superiores.

Uma análise mais aprofundada do contexto sugere que o médico não estava simplesmente praticando a medicina tradicional. Ele parecia operar sob um paradigma onde a transformação orgânica extrema era uma meta atingível através de componentes botânicos raros. Seu conhecimento não estava focado em curar, mas sim em catalisar uma mudança biológica radical, o que coloca seu status na história do Japão feudal em um patamar de misticismo quase alquímico.

O que sustentava este conhecimento?

A história de Muzan Kibutsuji é marcada por tentativas falhas de alcançar a perfeição demoníaca. O médico, ao prescrever a flor, estava apostando tudo em uma planta cuja existência é quase lendária. Isso levanta especulações sobre se este doutor era um guardião de um saber ancestral, um eremita com acesso a manuscritos esquecidos, ou talvez ele mesmo pertencesse a um círculo secreto muito anterior ao surgimento dos demônios como os conhecemos.

A precisão do diagnóstico e da prescrição, que culminou na criação do demônio mais poderoso da história, indica que este foi um ato de ciência aplicada com consequências sobrenaturais. O conhecimento do médico sobre a Flor de Aranha Azul não foi um palpite sortudo; foi uma aplicação quase cirúrgica de uma fórmula que ele compreendia perfeitamente, mesmo que o preço por seu sucesso tenha sido a desgraça de incontáveis vidas ao longo dos séculos, conforme detalhado no mangá de Koyoharu Gotouge. A busca de Muzan para encontrar a flor e, posteriormente, seu médico, confirma a importância daquele conhecimento específico para a sua existência contínua.