A longevidade de tobirama senju poderia reescrever sua desconfiança pelo clã uchiha
Uma análise profunda sugere que mais tempo de vida poderia ter mitigado a forte desconfiança de Tobirama pelos Uchiha.
A figura de Tobirama Senju, o Segundo Hokage e irmão de Hashirama, é intrinsecamente ligada à sua postura cautelosa, beirando a hostilidade, em relação ao clã Uchiha após a fundação de Konoha. A questão central que fascina observadores da narrativa de Naruto é: se Tobirama tivesse vivido mais tempo, suas profundas reservas sobre a lealdade e a natureza emocional dos Uchiha teriam se dissipado com a experiência?
As raízes do preconceito de Tobirama
O ceticismo de Tobirama não era infundado dentro do contexto histórico do mundo ninja. Ele testemunhou, ao lado de seu irmão, os anos de guerra civil incessante que só cessaram com a formação da Vila Oculta da Folha e a união dos clãs Senju e Uchiha. Para Tobirama, cujo temperamento era mais pragmático e focado na segurança do estado, a paixão intensa dos Uchiha - que alimentava tanto seu poder do Sharingan quanto suas crises emocionais - representava um risco inerente à estabilidade política.
Esta desconfiança se institucionalizou em políticas, como o monitoramento rigoroso do clã e a relutância em conferir a Madara Uchiha um papel de liderança equivalente após a morte de Hashirama. A filosofia de Tobirama baseava-se na prevenção de ameaças internas, e o Uchiha, com seu histórico de conflitos e seu poder singularmente volátil, era visto como o catalisador perpétuo dessa ameaça.
O fator tempo na política de Konoha
A premissa para um potencial abrandamento dessa rigidez reside na capacidade de adaptação. Tobirama, embora inflexível em certas convicções estratégicas, era também um gênio tático e um inovador, responsável pela criação de inúmeras técnicas fundamentais de Konoha, incluindo o Kage Bunshin no Jutsu. Essa mentalidade inovadora sugere que ele não era imutável em sua visão de mundo, mas sim reativo a ameaças percebidas.
Se Tobirama tivesse sobrevivido a eventos cruciais posteriores, como a relativa paz estabelecida pelo Terceiro Hokage, Hiruzen Sarutobi, e talvez testemunhado a formação de laços interpessoais mais profundos entre membros dos clãs rivais - algo visto mais tarde com Naruto Uzumaki e Sasuke Uchiha -, sua perspectiva poderia ter evoluído. Sua relutância inicial em aceitar Sasuke como pupilo de Kakashi, por exemplo, reflete o legado de sua desconfiança.
Um período mais longo de governança ou assessoria, permitindo-lhe avaliar a lealdade de figuras como Fugaku Uchiha em tempos de estabilidade, poderia ter fornecido a ele dados empíricos para reavaliar sua teoria de que o destino do clã Uchiha era inevitavelmente a traição. A história do Mundo Shinobi mostra que a cooperação, embora difícil, sempre prevalece sob a liderança correta. A ausência de mais tempo impediu que Tobirama visse se esse cenário de cooperação sustentável poderia, de fato, neutralizar o fator Uchiha.
A ausência de Tobirama deixou um vácuo difícil de preencher, e suas políticas de contenção subsequentes foram mantidas por aqueles que herdaram seu pragmatismo, mas talvez não sua capacidade de genialidade estratégica para criar soluções de longo prazo. A longevidade, neste caso, se torna a variável ausente que poderia ter forçado uma reescrita do legado de desconfiança deixado por um dos fundadores de Konoha.