Análise da logística: Como a frota do capitão kuro se moveu pelo mundo de one piece
A jornada da frota de Don Krieg, do East Blue até Hachinosu, levanta sérias questões sobre a velocidade e o alcance de grupos piratas menores.
A presença da notória, mas relativamente fraca, frota do Capitão Krieg na ilha de Hachinosu, um território supostamente controlado pelas forças mais poderosas do Novo Mundo, tem gerado reflexões intensas sobre a cronologia e a mobilidade dos piratas no universo de One Piece. A análise da rota hipotética que permitiria a tal façanha revela um desafio logístico monumental.
Para que os remanescentes da tripulação liderada por Krieg chegassem a Hachinosu, eles precisariam ter completado uma travessia épica em apenas dois anos após os eventos do East Blue. O trajeto exigiria sair do mar inicial, passar pela entrada da Grand Line, atravessar o território da Ilha dos Homens-Peixe, e navegar por regiões dominadas pelos Yonko, as tripulações mais fortes do planeta.
O Paralelo com os Chapéus de Palha
O feito de atravessar o globo em tempo recorde é algo que se associa imediatamente ao protagonista, Monkey D. Luffy. No entanto, a disparidade de poder entre Luffy e seu bando e a tripulação de Krieg é abissal. Enquanto os Chapéus de Palha contam com navios avançados, um conhecimento crescente das rotas perigosas e, crucialmente, com o poder de romper bloqueios impostos pelos Imperadores do Mar, a frota de Krieg opera com recursos limitados e notória ineficiência militar.
A questão central reside em como um grupo pirata de nível pré-Grand Line conseguiu evitar confrontos fatais ou confiscos de um império naval tão vasto e perigoso. O território dos Yonko não é apenas uma área de influência; é uma zona de exclusão para piratas fracos. A margem de erro para qualquer navio desavisado ou desarmado é praticamente nula.
Rotas e Obstáculos Críticos
Primeiramente, o deslocamento do East Blue para a Grand Line, passando pelo ponto de entrada onde Laboon reside, consome tempo considerável mesmo com cartas náuticas favoráveis. Depois disso, a navegação pela Grand Line é intrinsecamente caótica. A adição da passagem pela Ilha dos Homens-Peixe, um ponto estratégico vital, implica que eles tiveram que negociar ou furtivamente atravessar domínios marítimos sensíveis.
O argumento mais forte para justificar essa chegada reside nas possíveis rotas alternativas ou em intervenções externas. Em ambientes como a ilha de Hachinosu, que historicamente serve como refúgio para criminosos e piratas renegados sob a proteção de figuras como Barba Negra, pode haver brechas nessas defesas, utilizando rotas não mapeadas ou a cumplicidade de outros grupos. A sobrevivência de piratas como Gin, um antigo braço direito de Krieg, sugere uma dependência de sorte extrema ou a adoção de táticas de perfil muito baixo.
A escala de tempo imposta pela narrativa torna a sobrevivência da frota de Don Krieg um ponto fascinante de análise tática e geográfica dentro do universo; um feito que, sob as regras estritas de poder estabelecidas, parece exigir um salto de fé nos métodos de navegação e sobrevivência desses antagonistas do início da saga, conforme explorado por analistas do tema, incluindo o produtor Eiichiro Oda ao desenvolver os cenários.