Leitores criticam adaptação do arco swordsmith village de "demon slayer" comparada ao mangá
Fãs apontam que a adaptação para anime do arco Swordsmith Village falhou em capturar a tensão e o tom, diferentemente do aclamado arco anterior.
A adaptação em anime do Swordsmith Village Arc, parte de Kimetsu no Yaiba (Demon Slayer), tem gerado controvérsia entre os fãs que acompanharam a obra original no mangá. Enquanto o arco anterior, o Red Light District Arc, foi amplamente elogiado por sua fidelidade e melhorias visuais, muitos leitores de longa data defendem que a nova iteração sofreu com uma execução apressada e com problemas de ritmo na tela.
A principal queixa reside no fato de que a série animada parece ter adotado o hábito de arrastar ou repetir cenas para preencher a duração dos episódios, uma tática que, segundo os críticos, prejudicou significativamente o tom e a tensão inerentes ao arco, tornando a aparição dos Luas Superiores Gyokko e Hantengu menos impactante do que nos quadrinhos.
Análise Detalhada: Ritmo e Cortes Narrativos
Uma análise detalhada, originada em fóruns de discussão de fãs, sugere que a experiência de assistir ao anime difere drasticamente da leitura do mangá, onde o arco é considerado superior. Um leitor ativo expressou sua frustração, classificando a adaptação como um 5/10 em comparação com o material fonte.
Os pontos levantados incluem:
- Episódio Inicial Forte: O primeiro episódio foi considerado excelente, com animação de ponta e uma boa introdução ao flashback de Yoriichi.
- Declínio no Episódio 2: A qualidade começou a cair com a omissão de cenas importantes do combate entre o boneco Yoriichi Tipo Zero e Muichiro, além da remoção de diálogos importantes de narração que explicavam mecânicas cruciais.
- Excesso de Reações Cômicas: Múltiplos espectadores apontaram que momentos tensos foram constantemente quebrados por reações faciais exageradas ou cômicas dos personagens, minando a seriedade das lutas.
- Diálogos Internos Excessivos: Episódios subsequentes fizeram uso extensivo de diálogos internos repetitivos de Tanjiro e Genya, muitas vezes recontando informações já estabelecidas, o que estagnou o ritmo da narrativa.
Impacto nas Lutas dos Oponentes
A percepção de fraqueza nos vilões foi outro ponto de discórdia. A chegada de Hantengu, na sua forma Zohakuten, não gerou o mesmo impacto temido, pois o anime o retratou como menos ameaçador desde o início. Além disso, lutas significativas, como a de Muichiro contra Gyokko-uma das sequências mais aguardadas-foram consideradas atrofiadas.
Especificamente, o momento em que Muichiro desperta a Marca do Caçador e o confronto subsequente com Gyokko foram descritos como visualmente inferiores ou diluídos por cenas originais do anime que não adicionaram valor substancial à trama. A ausência da narração original também comprometeu a compreensão de habilidades específicas de personagens como Genya, deixando lacunas informativas.
Em contraste, o episódio final, focado em Mitsuri e na exposição de Muzan, foi recebido com mais otimismo, embora ainda tenha sofrido com momentos de quebra de tensão. No geral, a opinião entre os leitores do mangá sugere que a adaptação falhou em honrar a intensidade do material original, priorizando a extensão em detrimento da qualidade da experiência.
Analista de Mangá Shounen
Especializado em análise aprofundada de mangás de ação e batalhas (shounen), com foco em narrativas complexas, desenvolvimento de enredo e teorias de fãs. Experiência em desconstrução de arcos narrativos e especulações baseadas em detalhes canônicos.