A questão persistente: Por que kakashi hatake nunca modificou o chidori para funcionar sem o sharingan

O Chidori, a técnica eletrizante criada por Kakashi Hatake, é um dos movimentos mais icônicos do universo de Naruto. Desenvolvido na juventude do ninja, o ataque, que concentra eletricidade nas mãos, foi considerado inicialmente ineficaz devido a um efeito colateral severo: a visão de túnel que impedia o usuário de perceber contra-ataques.

A solução para esse problema veio somente após Kakashi receber o olho de seu companheiro, Obito Uchiha, permitindo-lhe usar o Sharingan, que compensava a falta de percepção periférica. No entanto, a fixação em torno da técnica se mantém: considerando a inteligência notável de Kakashi e o vasto tempo que teve para aprimorar suas habilidades, por que ele nunca tentou retrabalhar o Chidori para torná-lo acessível a usuários sem o Dōjutsu Uchiha?

As barreiras de uma criação genial

Quando Kakashi inventou o Chidori, ele o fez usando apenas sua afinidade de liberação de raio (Raiton), sem a ajuda ocular. O obstáculo central era a incapacidade de monitorar o ambiente enquanto se movia em velocidade máxima em direção ao alvo. A técnica exige uma concentração intensa e um ataque direto que ignora a defesa lateral, o que é letal se o inimigo antecipar a investida.

A ausência de uma solução alternativa sugere que as limitações impostas ao Chidori podem ser inerentes à própria estrutura do jutsu ou à fisiologia necessária para executá-lo com poder máximo. Analistas da técnica apontam que modificar a velocidade ou a saída de chakra, como forma de mitigar a visão de túnel, poderia simplesmente enfraquecer o golpe a ponto de anular sua eficácia como arma de finalização.

Alternativas não exploradas

A criatividade de Kakashi é inegável, manifestada mais tarde na criação do Raikiri (Corte Relâmpago), uma variação mais focada, e a posterior evolução para o Púrpura Relâmpago. Embora o Púrpura Relâmpago tenha sido uma adaptação baseada em sua experiência acumulada e na interação com outros ninjas, ele não era estruturalmente uma modificação do Chidori original para remover a dependência visual.

Uma linha de raciocínio sugere que, talvez, Kakashi tenha investido seu tempo de desenvolvimento na obtenção de recursos que lhe garantissem a capacidade de usar a técnica em sua forma perfeita, em vez de desperdiçar esforço tentando criar uma versão inferior. O corpo ninja de Konoha valoriza a eficácia máxima, e o Chidori, com o Sharingan, era incomparável em sua categoria.

A mecânica e as limitações elementares

Outra hipótese reside na natureza da Liberação de Raio. O Chidori exige a manipulação precisa de chakra elétrico concentrado na ponta da mão, um feito que demanda alto controle e velocidade. Tentar usar um jutsu de suporte para estabilizar o campo de visão enquanto se canaliza tal quantidade de eletricidade poderia ser contraproducente, consumindo chakra vital que deveria ser direcionado ao impacto ofensivo.

Deste modo, parece que a genialidade de Kakashi foi direcionada a encontrar a ferramenta (o Sharingan) que tornasse sua criação viável no campo de batalha, em vez de forçar a técnica a se adaptar a um molde que talvez fosse fundamentalmente incompatível com o controle sensorial de um ninja comum. O Mistério do Chidori permanece como um tributo à importância da sinergia entre habilidade inata e poder adquirido no mundo shinobi.