A influência de kokushibo na filosofia de akaza sobre a força e a morte em demon slayer
Análise aponta semelhanças entre discursos de Kokushibo e Akaza sobre o declínio da habilidade e a glória da morte
Uma análise cuidadosa dos diálogos dentro do universo de Demon Slayer: Kimetsu no Yaiba sugere uma profunda, embora talvez não intencional, influência filosófica de Kokushibo, a Lua Superior Número Um, sobre a mentalidade de Akaza, a Lua Superior Número Três.
O ponto central da observação reside na crença compartilhada por ambos os demônios de elite: a superioridade de manter a força máxima mesmo que isso signifique o fim, em detrimento de uma existência prolongada que culminaria em fraqueza. Essa visão parece ter sido o catalisador para a recusa veemente de Akaza em aceitar que Kyojuro Rengoku pudesse sobreviver ao seu confronto, mas se enfraquecer com o tempo.
O ideal da força inabalável
A postura de Akaza durante sua batalha contra Rengoku foi clara: ele respeitava a chama da força do Hashira e considerava sua morte ali, no auge, um destino digno. Qualquer sugestão de que Rengoku pudesse se tornar um demônio ou viver o suficiente para declinar em poder era vista como uma ofensa ao seu código de honra e poder estético.
Este princípio ressoa diretamente com as interações de Kokushibo com outros personagens, notavelmente com Gyomei Himejima, a atual Pedra Hashira. As falas de Kokushibo frequentemente abordam a inevitabilidade da deterioração física e mental com a passagem do tempo, mesmo para os mais fortes. Para o Primeiro Lua Superior, a estagnação ou o enfraquecimento são formas piores de morte do que perecer em combate enquanto se está no pico da capacidade.
Paralelos conceituais entre as Luas Superiores
A semelhança nas retóricas levanta a questão sobre a formação ideológica de Akaza, que, como um dos demônios mais antigos sob o comando de Muzan Kibutsuji, certamente esteve exposto ao longo dos séculos às visões de seus companheiros mais velhos.
- A Exaltação da Perfeição: Ambos valorizam a constância do poder. Para Kokushibo, isso se manifesta em sua obsessão pela perfeição da respiração.
- A Rejeição da Degeneração: A ideia de ficar fraco ou obsoleto é tratada como o pior dos resultados possíveis, justificando atos extremos.
- O Respeito pelo Oponente Forte: Em ambos os casos, a recusa em permitir que um oponente potente continue a viver se for diminuído, seja pela morte natural (no conceito humano) ou pela transformação em algo menor (no conceito demoníaco).
Embora Akaza tenha desenvolvido traços próprios, como seu intenso foco no aprimoramento físico e sua aversão a vampiros, seu respeito intrínseco pela força absoluta e sua urgência em eliminar a perspectiva de declínio parecem ter sido moldados pela influência sutil, mas constante, de seu superior hierárquico. A observação sugere que, no panteão dos demônios, a lição mais duradoura sobre o valor da força não veio diretamente de Muzan, mas sim da filosofia estoica do espadachim mais poderoso de sua corte, Kokushibo.
Assim, a morte de Rengoku, vista por Akaza como um ato de misericórdia ou reconhecimento de um pico atingido, pode ser interpretada como um eco da moralidade implacável ditada pelo Lua Superior Número Um, um princípio que permeia as decisões mais cruciais dos vilões mais icônicos da série.
Analista de Mangá Shounen
Especializado em análise aprofundada de mangás de ação e batalhas (shounen), com foco em narrativas complexas, desenvolvimento de enredo e teorias de fãs. Experiência em desconstrução de arcos narrativos e especulações baseadas em detalhes canônicos.