A ineficiência estratégica de danzo no universo de naruto: Uma análise do potencial desperdiçado
A posse do Kotoamatsukami de Shisui Implicaria uma rota de poder alternativa para Danzo.
O poder ignorado: Kotoamatsukami e o dilema de Danzo Shimura
A introdução do Kotoamatsukami, o genjutsu mais poderoso do Mangekyou Sharingan de Shisui Uchiha, dentro do arsenal de Danzo Shimura levanta um ponto crítico sobre a inteligência estratégica do líder da Raiz. Assumindo a premissa de que Danzo tinha acesso a esse olho, capaz de controlar totalmente a mente de um indivíduo por um dia com uso diário, sua atuação subsequente na trama parece ter sido um colossal desperdício de influência política.
O personagem, conhecido por sua sede de poder e métodos sombrios em prol da estabilidade de Konoha, paradoxalmente falhou em utilizar sua ferramenta mais potente com a devida astúcia. Em vez de focar em golpes diretos e arriscados dentro da vila, que eventualmente o levaram à ruína, ele ignorou o potencial de expansão e consolidação externa.
A rota do poder silencioso: influência global
A análise do uso potencial revela que Danzo poderia ter transformado seu poder de manipulação em uma fundação política e financeira inabalável. Seu papel como ninja lhe concederia a capacidade de operar nas sombras, longe dos olhos do Conselho de Konoha ou dos Uchiha.
As possibilidades estratégicas eram vastas. O caminho mais lógico seria mirar em lideranças de nações menores ou em figuras com poder financeiro significativo, como os Daimyos (senhores feudais). Imagine o impacto de controlar secretamente um líder de uma pequena nação ninja, garantindo:
- Acesso a recursos financeiros vastos, superando as necessidades imediatas de sua ala secreta.
- Captação de mão de obra e informações privilegiadas, solidificando sua rede de espionagem.
- Manipulação sutil de alianças internacionais, podendo influenciar o curso de guerras em favor de Konoha, ou, mais precisamente, em favor de si mesmo.
Engenharia de crise para legitimação
Com uma base financeira e política externa robusta, Danzo poderia orquestrar crises aparentemente externas que apenas ele, como o suposto protetor oculto, teria a capacidade de resolver. Esse ciclo de criar o problema e oferecer a solução projetaria uma imagem de indispensabilidade perante a liderança da Vila Oculta da Folha e sua população. A necessidade de manter a paz, muitas vezes citada como sua justificativa moral, seria atendida por ele mesmo.
A infiltração interna como etapa final
A consolidação externa serviria como um escudo e um trampolim para as ambições internas. Em vez de recorrer a golpes de estado falhos ou confrontos diretos, como a tentativa de manipulação do Itachi Uchiha, Danzo poderia ter neutralizado a oposição gradualmente. Um encontro discreto com um chefe de clã, um breve momento de controle mental, e esse líder passaria a apoiar sutilmente as agendas de Danzo em reuniões menores.
Dessa forma, o caminho para se tornar Hokage, ou pelo menos o poder supremo nos bastidores, seria pavimentado com apoio influente e manipulação invisível, eliminando a necessidade de confrontos abertos que expuseram suas fragilidades e seus métodos bárbaros. A falha em executar essa estratégia paciente sugere uma miopia política que superou seu desejo por controle absoluto, tornando-o um antagonista mais falho em sua execução do que em sua ambição.
Analista de Anime Japonês
Especialista em produção e elenco de animes e filmes japoneses originais. Possui vasta experiência em cobrir anúncios de elenco, equipe técnica e trilhas sonoras de produções de nicho, focando na precisão dos detalhes da indústria.