Anime/Mangá EM ALTA

A aparente hesitação de eiichiro oda em matar personagens secundários e implicações narrativas em one piece

Análise foca nos casos de personagens que sobreviveram a ferimentos fatais, como Pell e o ancião de Skypiea, e o que isso revela sobre a escrita de Oda.

Fã de One Piece
13/12/2025 às 00:05
14 visualizações 5 min de leitura
Compartilhar:

Um ponto recorrente de especulação entre os admiradores de One Piece reside na aparente relutância do criador, Eiichiro Oda, em confirmar mortes definitivas de personagens secundários, mesmo mediante ferimentos catastróficos. A narrativa do mangá e anime é mundialmente conhecida por seu tom épico e pelas consequências brutais dos conflitos enfrentados pelos Chapéus de Palha e seus aliados, contudo, alguns sobreviventes notáveis levantam questionamentos sobre os limites estabelecidos para o drama e o sacrifício na obra.

Dois exemplos frequentemente citados ilustram essa tendência: o capitão dos Guardas Reais de Alabasta, Pell, e um ancião da Ilha do Céu durante o arco de Skypiea. Ambos sofreram danos que, sob qualquer lógica narrativa convencional, seriam fatais, indo desde explosões maciças até absorção de cargas elétricas letais.

O precedente da ressurreição e a suspensão da descrença

No caso de Pell, ele foi visto explodindo junto com a bomba de Crocodile, um evento que destruiu uma área vasta. Sua subsequente recuperação, atribuída à fruta do demônio Zoan mítica, sugere que meios extraordinários podem justificar a volta de personagens cruciais para os desenvolvimentos futuros de suas respectivas ilhas ou histórias. Essa capacidade de retorno, embora não universalmente aplicada, estabelece um precedente interessante.

De forma semelhante, o ancião de Skypiea sofreu um choque elétrico de uma magnitude avassaladora, aparentemente sendo vaporizado pela técnica de Eneru. Contudo, ele reapareceu ileso após o clímax da batalha. Estes incidentes levam à reflexão sobre o tipo de impacto emocional que Oda deseja gerar, e se a permanência de aliados é prioritária em relação ao peso dramático da perda.

A estrutura do universo de One Piece

A longevidade de One Piece, uma das obras de mangá mais extensas da história, também pode influenciar a escrita sobre o destino dos coadjuvantes. Manter personagens populares vivos permite a Oda revisitar arcos passados e garantir a continuidade política e social das regiões visitadas. A ausência total de Pell, por exemplo, deixaria Alabasta carente de sua figura de liderança militar pós-saga.

A escolha de Oda de poupar certas figuras, enquanto aceita o sacrifício de outras, como Ace, ressalta uma seletividade narrativa cuidadosa. As mortes em One Piece, quando ocorrem, são geralmente reservadas para personagens centrais ao desenvolvimento temático ou para antagonistas que representam um mal irreparável. Personagens coadjuvantes que demonstram bravura significativa parecem receber esta 'graça' da sobrevivência, talvez como uma recompensa narrativa pela sua lealdade ao bem maior, mesmo que isso exija mecanismos de plot mais inventivos para justificar sua permanência.

A manutenção desses personagens no elenco secundário permite que Oda continue explorando as ramificações das aventuras dos Chapéus de Palha, utilizando-os como pontes confiáveis para o vasto mundo criado, demonstrando que, em certos contextos, a esperança e a capacidade de recuperação superam as barreiras da letalidade

Fonte original

Tags:

#One Piece #Eiichiro Oda #Skypiea #Pell #Morte de Personagens

Fã de One Piece

Entusiasta dedicado da franquia One Piece com foco em análise de conteúdo e apreciação de comédia e desenvolvimento de personagens. Experiência em fóruns especializados e discussões temáticas sobre o mangá/anime.

Ver todos os artigos
Ver versão completa do site