Analise detalha a genialidade oculta de sasuke uchiha no confronto final contra itachi

O clímax dramático entre Sasuke Uchiha e Itachi Uchiha, um dos confrontos mais aguardados de Naruto Shippuden, é vastamente elogiado por seu impacto emocional e visual. No entanto, sob a superfície do espetáculo e da revelação catártica, reside uma camada de brilhantismo tático executado por Sasuke, que representou o ápice de seu desenvolvimento desde a formação do time Hebi.

A evolução de uma estratégia após o fracasso inicial

Para entender a eficácia do plano de Sasuke em sua segunda luta contra Itachi, é fundamental revisitar o primeiro encontro durante a fase original de Naruto. Naquela ocasião, Sasuke recorreu à força bruta, tentando um ataque direto com o Chidori, apenas para ter seu pulso capturado, quebrado e ser dominado por Itachi. Essa abordagem falhou miseravelmente. O jovem Uchiha percebeu que o poder singular não era suficiente contra um mestre da linhagem.

O levantamento de informações e a preparação

A jornada de Sasuke para obter o poder necessário foi intrinsecamente ligada à coleta de inteligência sobre seu adversário. Com informações possivelmente compiladas por Jiraiya ou descobertas durante seu treinamento com Orochimaru, Sasuke mapeou as capacidades de Itachi. Os pontos chave conhecidos eram:

• Taijutsu e Genjutsu: Itachi era mestre em agarrões e arremessos para desorientar e forçar o contato visual, visando o Tsukuyomi, seu temido Genjutsu ofensivo.
• Armamento: Habilidade superior com shuriken e kunai, além de velocidade na execução de selos manuais.
• Ninjutsu: Poderosas técnicas de Estilo Fogo, culminando no Amaterasu.
• Fraqueza: A notória limitação de chakra e o esforço drástico exigido pelos seus olhos destinavam-no a combates curtos.

O arsenal criado para anular Itachi

Em resposta a esse conhecimento, Sasuke não buscou apenas força, mas sim um arsenal modular projetado para neutralizar especificamente cada ponto forte de Itachi, mirando a exaustão do oponente como condição de vitória. Sua preparação incluiu:

1. Combate Corpo a Corpo: A aquisição de uma espada mais longa era crucial para superar o alcance dos agarrões e kunais de Itachi em curta distância.
2. Defesa Estratégica: O uso de cobras das sombras serviu para dissipar agarramentos e auxiliar no controle do espaço de combate.
3. Controle de Distância: O desenvolvimento de três variações do Chidori visava manter a distância segura, protegendo seus pulsos de ataques imobilizadores.
4. Defesa contra Jutsus: Sasuke treinou para resistir a Genjutsus, com a forte suspeita de que utilizou o chakra de Orochimaru, semelhante a um Jinchuuriki, para perturbar e anular ilusões potentes como o Tsukuyomi. Além disso, ele preparou defesas físicas contra o Amaterasu, como o corpo de substituição de Orochimaru e jutsus de serpentes.
5. Ataque Final: O desenvolvimento do Kirin, uma técnica dependente puramente da natureza e não do chakra do usuário, servia como o golpe final, ideal para um oponente com chakra limitado e predisposto à exaustão.

A execução do plano de desgaste

A estratégia central de Sasuke era clara: evitar ser finalizado rapidamente enquanto forçava Itachi a usar técnicas consumidoras de energia. Cada habilidade adquirida, desde o aprimoramento do Estilo Fogo até o domínio de shurikens para dificultar os selos de Itachi, servia ao propósito maior de prolongar a luta até o ponto de saturação. O sucesso deste plano é evidenciado quando Itachi, ao ser apanhado pelo Kirin, questiona Sasuke sobre a morte que ele imaginara. Aparentemente, a batalha culminou exatamente como Sasuke havia meticulosamente arquitetado, confirmando o nível de planejamento que ele havia investido, um feito notável para um personagem até então movido puramente pela vingança.

O sacrifício de uma vida comum em prol deste objetivo singular explica a intensidade de seu foco subsequente, onde a ausência de planos além da aniquilação de Itachi o levou a mergulhar facilmente em caminhos mais sombrios após concretizar sua meta.