A força do genjutsu do sharingan e seu potencial não explorado na narrativa de naruto

A eficácia e o potencial destrutivo do Genjutsu baseado no Sharingan, habilidade ocular icônica do clã Uchiha, são frequentemente citados como um ponto de inflexão na narrativa de Naruto Shippuden. Um ponto específico de análise foca em como essa técnica, quando aplicada ao poder latente da Raposa de Nove Caudas (Kurama), representaria uma ameaça quase intransponível para o protagonista.

Argumenta-se que existiu um momento narrativo em que Sasuke Uchiha, após um rápido e significativo aumento de poder em seu Mangekyo Sharingan, estava prestes a se separar de Naruto de forma a impedir uma intervenção imediata. Nesse cenário hipotético, o caminho mais prático para Sasuke atingir seu objetivo de destruir Konoha, minimizando a chance de Naruto frustrar seus planos, seria através do controle da Bijuu selada nele.

O controle da Nove Caudas via Genjutsu

A premissa se baseia na lembrança de Sasuke sobre relatos de Itachi acerca das capacidades lendárias do Mangekyo Sharingan, e como Madara Uchiha o utilizou para manipular e quase destruir a Vila da Folha no passado. Controlar a Nove Caudas, utilizando o Genjutsu para induzir um ataque de fúria incontrolável, seria o golpe mais direto.

O fator crucial nesse momento da história era a falta de sincronia entre Naruto e Kurama. Como o laço entre eles ainda não havia sido plenamente estabelecido, Kurama não teria mecanismos internos para resistir imediatamente a uma invasão poderosa como a do Mangekyo Sharingan. Membros da Equipe 7 presentes, como Kakashi, Sakura ou Yamato, estariam completamente despreparados para neutralizar um ataque dessa magnitude, especialmente após Naruto já ter rompido um selo importante que continha parte do chakra de Hashirama Senju durante o confronto com Pain.

A quebra de barreira narrativa

O fato de Sasuke já ter demonstrado a capacidade de manipular o chakra vazado de Kurama anteriormente, próximo ao esconderijo de Orochimaru durante o primeiro reencontro com a Equipe 7 em Shippuden, reforça a plausibilidade da hipótese de controle direto. Se a técnica fosse empregada nesse ponto de vulnerabilidade, a história conhecida teria tomado um rumo drasticamente diferente.

Essa linha de raciocínio aponta para o quão poderosas são as habilidades de Genjutsu do Sharingan no universo de Masashi Kishimoto. Constantemente, essas técnicas são retratadas como poderes capazes de alterar o curso de eventos importantes, forçando a escrita da trama a criar barreiras específicas para que os personagens principais não explorem consistentemente suas aplicações mais devastadoras. A limitação aparente de Chakra ou a ausência de memória imediata sobre essas táticas surgem como mecanismos necessários para manter o equilíbrio narrativo.