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A complexa dinâmica de poder e ideologia entre obito e madara uchiha no plano do tsukuyomi infinito

A aparente unidade de propósito entre Obito Uchiha e Madara, visando o <em>Tsukuyomi</em> infinito, esconde complexas motivações e tensões ideológicas sobre quem deveria liderar a utopia final.

Analista de Anime Japonês
14/11/2025 às 22:52
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A saga de Naruto frequentemente apresenta alianças forjadas por objetivos ideológicos convergentes, mas raras vezes essas parcerias escapam da tensão sobre a liderança final. Um ponto de interrogação persistente na narrativa reside na relação entre Obito Uchiha e Madara Uchiha, especialmente no que tange à execução do Tsukuyomi infinito, o plano mestre para alcançar a 'paz' universal.

Ambos os personagens compartilhavam a meta derradeira: lançar a ilusão suprema para aprisionar toda a humanidade em um estado de felicidade forçada, encerrando o ciclo de dor e guerra. A questão central, observada por analistas da obra, é o que exatamente impedia que um assumisse o papel de catalisador enquanto o outro desfrutava dos resultados. Se o objetivo era a felicidade garantida para todos os envolvidos, incluindo os próprios arquitetos do plano, a diferença de quem ativaria a técnica deveria ser irrelevante em teoria.

A busca pela verdadeira felicidade e a ilusão de controle

Ao seguir a jornada de Obito, percebe-se que sua motivação inicial, moldada pela perda de Rin Nohara, estava intrinsecamente ligada à sua própria dor e desejo de reverter o sofrimento. Para ele, o Tsukuyomi era o caminho de volta para um mundo onde seus entes queridos ainda estariam vivos.

Madara, por outro lado, um estrategista centenário e manipulador incomparável, via o plano com uma perspectiva histórica mais ampla, sendo o idealizador original da técnica do Olho da Lua. Embora ambos desejassem o fim da realidade cruel, as nuances de suas aspirações apontam para uma disputa não apenas de poder, mas de metodologia e autoridade.

Essa aparente redundância no objetivo levanta a possibilidade de que a disputa fosse, em sua essência, uma questão de ego e controle. Quem se colocaria como o 'salvador' definitivo do mundo ninja?

A subordinação de Obito a Madara, construída sobre anos de manipulação psicológica após a revelação de que Madara havia morrido muito tempo antes, sugere que o jovem Uchiha era, inicialmente, apenas uma ferramenta poderosa. Entretanto, ao assumir o papel de Tobi e gradualmente ganhar influência e poder, a balança de autoridade certamente mudaria.

A primazia do criador sobre o executor

Um dos fatores mais cruciais é o conhecimento técnico e espiritual. Madara detinha o conhecimento completo sobre como manipular os poderes de Jinchūriki e as Bestas com Cauda, além da sabedoria ancestral necessária para garantir que o Tsukuyomi funcionasse em escala global, sem falhas que pudessem comprometer a ilusão.

Para Obito, mesmo com o Rinnegan e a força do Dez Caudas a seu dispor, a dependência implícita do conhecimento original de Madara sobre a transformação da realidade permanecia. A tentativa de tomar as rédeas sozinho representaria um salto de fé arriscado, baseado na fé cega no poder, e não na maestria da técnica.

A complexidade da relação mostra que, mesmo quando os objetivos finais de paz parecem convergir, intrigas sobre quem detém o verdadeiro mérito, a autoridade final e o domínio sobre a metodologia essencial são barreiras significativas. O desejo de Obito de ser o agente ativo, mesmo que meramente um reflexo da vontade de Madara, demonstra que, para ambos os personagens, alcançar a 'salvação' era um feito que exigia o protagonismo próprio, e não apenas ser a sombra de outro visionário.

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Tags:

#Naruto #Obito #Madara #Tsukuyomi Infinita #Revivificação

Analista de Anime Japonês

Especialista em produção e elenco de animes e filmes japoneses originais. Possui vasta experiência em cobrir anúncios de elenco, equipe técnica e trilhas sonoras de produções de nicho, focando na precisão dos detalhes da indústria.

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