O dilema da morte de kokushibo em 'demon slayer': Um final patético ou merecido?

A conclusão da saga de Kokushibo, a Lua Superior Um e o espadachim mais forte das Luas Superiores em Demon Slayer: Kimetsu no Yaiba, continua a ser um ponto de intensa análise entre os entusiastas da obra. O debate central gira em torno da natureza de seu fim: se ele foi um desfecho à altura de seu poder ou se, na verdade, refletiu a tragédia inerente ao seu caminho como demônio.

A narrativa sugere que o confronto final contra Kokushibo, embora extremamente custoso para os Hashiras e os protagonistas, terminou de uma maneira que alguns interpretam como anticlimática para um vilão de seu calibre. Um dos pontos levantados é a ausência de Tanjiro Kamado no papel de seu algoz final. A ideia de que Tanjiro, ao despertar a técnica ancestral do Respiração do Sol, estaria destinado a confrontar e derrotar Kokushibo, o mais próximo de um usuário do Respiração do Sol em 400 anos, é forte.

A fragilidade do encerramento

A forma da morte de Kokushibo é criticada por sua falta de grandiosidade. Ele não foi vencido em um duelo de força bruta e técnica suprema, mas sucumbiu após uma série de fatores que o colocaram em uma posição desfavorável. A alegação é que ele se assemelhava a um "monstro nojento" em seus momentos finais, mais do que a um guerreiro lendário.

Fatores específicos que pesaram na percepção de um final insatisfatório incluem:

• A derrota não veio diretamente da decapitação, mas de uma hesitação induzida ao ver seu próprio reflexo, indicando um colapso psicológico interno.
• Ele foi encurralado e, finalmente, abatido por usuários de técnicas derivadas do Respiração do Sol, técnicas que ele havia desprezado como inferiores por séculos.
• O legado da sua inspiração também foi apagado, já que ninguém herdou a técnica de respiração que ele dominava.
• A tragédia pessoal de ter aniquilado sua própria linhagem de espadachins apenas reforça o isolamento culminante de sua existência.

O contraste com o potencial de Tanjiro

Apesar dos momentos de esgotamento físico que Tanjiro enfrentou contra Akaza, sua evolução em batalha contra Kokushibo teria sido o ápice do desenvolvimento do protagonista. Se Tanjiro, no auge de seu despertar para o poder solar, o tivesse eliminado, o impacto simbólico seria imenso. A derrota por outros usuários, mesmo sendo descendentes espirituais de sua maior fraqueza, retira parte do peso dramático que um confronto entre o ápice da Era dos Demônios e o redentor do Respiração do Sol traria.

A questão permanece se essa finalização mais sombria e dependente de fatores externos serve melhor ao tema da obra, focando na natureza destrutiva do caminho de Kokushibo, em vez de lhe conceder uma saída honrosa como guerreiro, digna de seu status de Lua Superior Um. A reflexão sobre o significado desse fim molda como a comunidade enxerga a justiça poética aplicada aos antagonistas complexos na série de Koyoharu Gotouge.