Reflexões sobre a criação de novos demônios em kimetsu no yaiba e o mistério da flor de sangue azul
A possibilidade teórica de recriar demônios em Kimetsu no Yaiba, sem a linhagem de Muzan, levanta questões profundas sobre a origem do mal.
A narrativa de Kimetsu no Yaiba (Demon Slayer) é solidamente construída sobre a existência dos demônios, criaturas transformadas pelo sangue do seu progenitor, Muzan Kibutsuji. No entanto, uma questão especulativa surge sobre a viabilidade de criar novos demônios no futuro, independentemente da influência direta do Rei dos Demônios.
O cerne dessa hipotética recriação reside na mítica Flor de Sangue Azul, ou Higanbana. Este raro elemento botânico, que supostamente nunca foi encontrado por Muzan, é a chave para sua onipotência e longevidade. Se um pesquisador determinado, possivelmente guiado por um profundo conhecimento científico ou ocultista, conseguisse isolar a substância ou o mecanismo exato responsável pela transformação induzida pela flor, a ciência do mundo Demon Slayer poderia avançar para um território perigoso.
A ausência da linhagem de Muzan
A principal barreira para a criação de demônios que se assemelham aos originais é a dependência da linhagem sanguínea de Muzan. Todos os demônios conhecidos até o final da história derivam, direta ou indiretamente, de uma única fonte. A introdução de um novo catalisador biológico, como um extrato puro da Flor de Sangue Azul, forçaria uma reavaliação completa da demonologia.
Quais seriam os resultados de tal experimento? Um novo tipo de demônio, com características completamente distintas? Teoricamente falando, a ausência do sangue de Kibutsuji significaria que esses novos seres não estariam sujeitos ao domínio mental ou à fraqueza solar inerente aos demônios comandados por ele. Poderiam desenvolver poderes únicos, talvez focados em habilidades que a linhagem anterior não explorou, ou poderiam ser mais instáveis e primitivos.
O espectro da ciência vs. o misticismo
A possibilidade de replicar o fenômeno toca em temas centrais da obra: a linha tênue entre a ciência e o misticismo. Enquanto os Caçadores de Demônios utilizam técnicas de respiração e espadas de materiais específicos, a essência da criação demoníaca parece estar enraizada em um poder que beira o sobrenatural. A ideia de um cientista maligno desvendando esse segredo evoca paralelos com a criação de monstros na ficção científica clássica, como em Frankenstein, onde a ambição humana ultrapassa os limites éticos.
Se tal criação fosse bem-sucedida, a natureza desses novos inimigos seria radicalmente diferente. Eles não carregariam a maldição ou a história pessoal ligada a Muzan. Seriam, essencialmente, uma nova praga, forçando os mestres espadachins a desenvolverem métodos de combate inteiramente novos. A descoberta da Flor de Sangue Azul, mesmo que replicada artificialmente, representaria uma ameaça existencial renovada, transcendendo o conflito histórico que culminou com a derrota do progenitor.