Diferentes cores de chakra no mangá de naruto: Uma discrepância visual com o anime

A representação visual do chakra no universo de Naruto é um elemento central para a mitologia ninja, definindo habilidades e o poder dos usuários. Contudo, uma análise comparativa entre o mangá original de Masashi Kishimoto e a adaptação para anime revela inconsistências intrigantes, especialmente no que tange às tonalidades de energia liberada pelos personagens.

Um ponto de destaque reside na coloração específica do chakra de Naruto Uzumaki. Embora o anime frequentemente normalize o Rasengan e outras técnicas como azuis claros ou brancos, a obra impressa revela uma paleta de cores mais complexa e baseada na herança genética do protagonista.

A herança cromática de Naruto

O chakra de Naruto, conforme detalhado em certas passagens do mangá, é intrinsecamente ligado às cores de seus pais. O seu chakra demonstra ser uma fusão do amarelo característico de seu pai, Minato Namikaze, com o vermelho proveniente de sua mãe, Kushina Uzumaki. Essa combinação resulta, na arte original, em um Rasengan consistentemente de cor alaranjada.

Essa distinção cromática estende-se a outras manifestações de poder. O anime, por conveniência ou escolha estética, tende a padronizar o chakra em tons de azul ou branco, cores que se tornaram icônicas para os espectadores da série animada, como o icônico Rasengan.

A cor do Susanoo e a fidelidade visual

A discrepância não se limita apenas às técnicas básicas. O Susanoo, manifestação espectral da habilidade ocular Mangekyō Sharingan, também demonstra variações de cor que parecem seguir a tonalidade de chakra primária do usuário na obra original. O tom azul claro, visto com frequência no anime para diversos personagens, é associado ao chakra padrão de Kakashi Hatake, por exemplo, segundo essa leitura do mangá.

A manutenção dessas cores personalizadas no anime, que oferece uma profundidade visual à linhagem e à composição energética de cada shinobi, é um aspecto que muitos admiradores gostariam de ter visto integralmente adaptado. A introdução dessas nuances de cor em momentos chave, como no filme The Last: Naruto the Movie, acaba por destacar a ausência delas nas batalhas cotidianas da série televisiva.

Essa diferença reforça a riqueza do design conceitual estabelecido por Kishimoto, onde o visual não era apenas estético, mas um reflexo direto da biologia e história dos personagens dentro do mundo de Naruto.