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A questão central: Por que o consumo de demônios para obter poder não foi replicado na série kimetsu no yaiba

A narrativa de Kimetsu no Yaiba levanta um ponto crucial: a singularidade do ato de comer demônios para adquirir habilidades, e por que essa estratégia não foi adotada por outros caçadores.

Analista de Mangá Shounen
24/10/2025 às 23:00
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A premissa fundamental da sobrevivência e do poder na luta contra os Onis em Kimetsu no Yaiba frequentemente se concentra em métodos rigorosos de treinamento, domínio da Respiração e, notavelmente, na ingestão de carne demoníaca, como visto com Tanjiro Kamado e seu irmão Sabito, e mais drasticamente com Genya Shinazugawa. No entanto, surge uma curiosidade persistente no universo da obra: por que essa tática de absorção de poder não foi tentada ou explorada sistematicamente por outros membros da Tropa de Extermínio de Demônios?

O ato de um humano consumir um demônio para herdar suas habilidades ou resistência representa um atalho potencialmente perigoso, mas extremamente eficaz, dentro da hierarquia de poder da série. Enquanto o protagonista e seu irmão utilizaram essa abordagem, ela parece ter permanecido uma tática isolada, ou pelo menos, não documentada publicamente como uma prática padrão para os Caçadores de nível inferior ou mesmo para os Pilares.

O segredo por trás da ingestão demoníaca

A questão central reside no conhecimento específico dessa técnica. Foi Genya, por exemplo, quem demonstrou maior aptidão ou aceitação dessa prática, mesmo que sua transformação fosse temporária e dependente da quantidade de carne consumida. Se essa capacidade existia, ela sugere que informações vitais sobre a biologia dos Onis e a adaptação do corpo humano não eram de conhecimento geral.

Pode-se inferir que o conhecimento era restrito ou que os riscos inerentes eram severamente subestimados. Se a Tropa oficialmente priorizava o domínio das Respirações, métodos que envolviam a transformação parcial do corpo humano poderiam ser considerados arriscados demais, aproximando o praticante do próprio estado demoníaco, o que seria visto com desconfiança pela organização, que preza pela pureza humana contra a ameaça sobrenatural.

Outro ponto de análise aponta para a necessidade de comunicação interna. A personagem Shinobu Kocho, por exemplo, possuía conhecimentos especializados sobre venenos e a fisiologia demoníaca, um saber que não era compartilhado amplamente, indicando que avanços técnicos e científicos dentro da Tropa operavam em compartimentos isolados. A absorção de poder demoníaco poderia se encaixar nesse padrão: um conhecimento perigoso mantido estritamente entre aqueles que o detinham ou necessitavam dele para sobreviver em situações extremas.

Evitar a propagação desse método, mesmo que não intencionalmente, poderia ser uma salvaguarda implícita. O caminho mais seguro para um Caçador não era se transformar, mas sim erradicar a ameaça pela força de vontade e técnica aperfeiçoada, como ensina o Mestre Kagaya Ubuyashiki. A dependência de um poder adquirido através do inimigo enfraqueceria o ideal heroico central defendido pela Tropa de Extermínio de Demônios, focado na dedicação humana absoluta contra a corrupção. Assim, a não replicação dessa estratégia parece ser tanto uma questão de conhecimento oculto dentro da estrutura quanto uma filosofia de combate estabelecida.

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Tags:

#Kimetsu no Yaiba #Poderes #Genya #Comer Demônios #Segredo

Analista de Mangá Shounen

Especializado em análise aprofundada de mangás de ação e batalhas (shounen), com foco em narrativas complexas, desenvolvimento de enredo e teorias de fãs. Experiência em desconstrução de arcos narrativos e especulações baseadas em detalhes canônicos.

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