A natureza do conhecimento demoníaco: Os laços de comunicação entre os demônios e as luas superiores em kimetsu no yaiba

A estrutura de poder dentro do universo de Kimetsu no Yaiba é rigidamente vertical, com Muzan Kibutsuji no topo, seguido pelas Doze Luas (demon standing as the highest echelons of demon society). Uma dúvida recorrente entre os entusiastas da obra reside na transmissão desse conhecimento vital: os demônios recém-criados têm acesso imediato à existência dessas elites, ou essa informação é gradualmente adquirida?

A forma como os demônios são criados, através da injeção de sangue de Muzan, sugere um processo de rápida assimilação de instintos e diretrizes básicas para a sobrevivência e a caça de humanos. Contudo, a compreensão da hierarquia estrita, que envolve as Seis Luas Superiores e as Seis Luas Inferiores, parece ser um componente mais complexo da doutrina demoníaca.

A disseminação da informação no Japão feudal

O período retratado em Kimetsu no Yaiba, Japão durante o período Taishō, não oferecia mecanismos de comunicação instantânea. Assim, a propagação de lendas e verdades sobre o mundo demoníaco dependia de interações diretas ou observação de poder extremo. Para um demônio recém-nascido, cuja memória humana pode estar turva ou recentemente suprimida, o conhecimento sobre os ápices da pirâmide dependeria de eventos traumáticos ou encontros específicos.

É plausível inferir que demônios de baixo escalão, sem afinidade com Muzan, não possuam um conhecimento inato sobre as Luas. Eles são focados primariamente em obedecer a instintos básicos ou ordens diretas de demônios mais poderosos (como as Luas) que caçam na mesma região ou área de influência. Um demônio que nunca se deparou com um membro da elite ou ouviu rumores transmitidos por outros poderia viver toda a sua existência sem saber da existência dos Doze Kizuki.

O fator do sangue de Muzan

A quantidade de sangue de Muzan injetada parece ser o fator determinante na força e, presumivelmente, no nível de consciência sobre a organização. Os demônios que recebem uma porção significativa, como as Luas, possuem uma ligação intelectual e psíquica muito mais intrínseca com o Rei dos Demônios. Para eles, a estrutura é uma realidade palpável e um mandamento a ser seguido. Para outros, como os que foram transformados por Luas, essa informação seria uma instrução de terceiros, uma tradição oral do submundo demoníaco.

Portanto, o conhecimento da patente das Doze Luas não parece ser um dado pré-instalado no momento da transformação, mas sim uma informação que deve ser transmitida ou descoberta empiricamente através da observação da força inexorável que governa o mundo noturno. O mistério em torno de quem sabe o quê apenas reforça a aura de ocultismo e terror que envolve a corte de Muzan, mantendo a maioria dos demônios em uma ignorância estratégica sobre o verdadeiro poder da sua espécie.