A busca de muzan kibutsuji pela flor de aranha azul: Um desvio geográfico na saga de kimetsu no yaiba
A obsessão por transformar-se em um ser solar poderia ter levado Muzan a expandir sua busca para além das fronteiras japonesas.
A narrativa central de Kimetsu no Yaiba gira em torno da obsessão implacável de Muzan Kibutsuji, o Rei dos Demônios, em encontrar a mítica Flor de Aranha Azul. Este artefato botânico é a chave para sua imunidade à luz solar, o fim de sua maldição secular. No entanto, uma perspectiva fascinante surge ao considerar o histórico de distribuição botânica e a extensão potencial dessa busca.
A Flor de Aranha Vermelha, ou Higanbana, é extensivamente documentada no universo da obra, associada a cemitérios e à transição entre a vida e a morte, mas a variação azul permanece um mistério insondável. A questão reside em saber se a sua busca teria se limitado ao Japão, caso Muzan tivesse conhecimento da migração de espécies vegetais.
O alcance da flora e a ambição do Rei Demônio
A flor que alimenta a busca de Muzan é, ela própria, uma entidade rara no Japão. O fato de mercadores estrangeiros terem introduzido e levado exemplares de flores japonesas para outros continentes sugere um intercâmbio botânico que precedeu a era Taishō, período em que se passam grande parte dos eventos do mangá e anime.
Se Muzan, com seus séculos de existência e sua vasta rede de demônios e espiões, tivesse tido acesso a registros históricos ou mesmo a conversas sobre a exportação de flora, o foco da sua caçada poderia ter se deslocado significativamente. A Flor de Aranha Azul, se existisse em outras regiões, apresentaria um novo e monumental desafio geográfico para o demônio.
Imagine o impacto narrativo de uma caçada global. Em vez de relegar a ameaça à ilha principal, a história poderia ter explorado a expansão do Demon Slayer Corps para além das fronteiras japonesas, enfrentando variantes culturais e climáticas da Flor de Aranha Azul em continentes distantes. Essa possibilidade transforma a maldição de Muzan de um problema nacional para um enigma botânico transcontinental.
Implicações para a onisciência de Muzan
A ignorância de Muzan sobre a localização da flor é um dos pilares da sua vulnerabilidade. Ele se baseia em sussurros, memórias fragmentadas e lendas locais. Se ele tivesse compreendido que a distribuição de plantas não se restringe a um país, ele teria que adaptar sua metodologia de investigação.
Tal cenário forçaria o desenvolvimento de tecnologias ou métodos mais avançados para rastreamento de longa distância, talvez até envolvendo demônios com habilidades de navegação ou inteligência sobre rotas comerciais marítimas. A premissa de que a planta poderia ter sido transportada, possivelmente, para a Europa ou Américas, adiciona uma camada de complexidade estratégica à sua missão.
Esta especulação revela como o cenário estabelecido pela Flor de Aranha Azul é intrinsecamente ligado à geografia e à história do Japão feudal e moderno. Qualquer expansão de sua busca implicaria uma revolução na forma como o vilão opera e escala seu poder, moldando um novo tipo de antagonismo para os Caçadores de Demônios em potencial cenários internacionais.