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Mudança de percepção sobre berserk (2016): A animação 3d ganha nova leitura ao lado do mangá

Um fã de longa data de Berserk, acostumado às adaptações anteriores, relata uma inesperada reavaliação da série de 2016 ao consumi-la simultaneamente à leitura do mangá.

Analista de Mangá Shounen
08/11/2025 às 22:56
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A adaptação animada de Berserk lançada em 2016, notória pelo uso intensivo de animação CGI, frequentemente polariza a base de fãs da obra originalmente criada por Kentaro Miura. Enquanto edições anteriores, como a de 1997 e os filmes da Era Dourada, são amplamente celebradas como marcos, a versão de 2016 gerou reações viscerais negativas devido à qualidade da sua execução visual.

Um observador experiente, com um histórico de preferência por animações impecáveis, relatar que tentou assistir à série de 2016 em diversas ocasiões, mas sempre foi afastado pelo estilo de computação gráfica, classificado como mal executado, apesar de reconhecer o valor das histórias já adaptadas anteriormente. Esse espectador, que se considera um fã de longa data, sempre priorizou a fluidez visual, o que o levou, no passado, a desconsiderar a versão mais recente.

O experimento de leitura paralela

Recentemente, após mergulhar na leitura do mangá, chegando ao volume 22, o fã iniciou um experimento incomum: assistir aos episódios do anime de 2016 enquanto lia o material de origem correspondente. Este método de consumo duplo, que agora o levou ao episódio 20, enquanto avança no volume 32 do quadrinho, transformou drasticamente sua experiência.

A reação inicial de repulsa à animação cedeu lugar a uma apreciação mais moderada. O aspecto visual, embora ainda julgado como deficiente, não provoca mais a mesma aversão visceral. A razão principal para essa mudança parece residir na capacidade de alinhar o que está sendo visto com o que está sendo lido. O espectador notou que, apesar das falhas técnicas, a adaptação de 2016 é surpreendentemente fiel aos painéis originais do mangá.

Fidelidade narrativa acima da estética

A comparação direta permitiu identificar que, embora algumas cenas possam ter sido suavizadas ou alteradas - uma prática comum em adaptações produzidas por estúdios internacionais, como a Universal Studios, que esteve envolvida -, a essência narrativa é mantida. O espectador concorda que a série não se compara ao nível da animação clássica de 1997 ou aos filmes da Era Dourada, mas conclui que ela se estabelece como uma adaptação decente, focada em transpor o conteúdo do papel para a tela de forma relativamente precisa.

Esta nova perspectiva sugere que o contexto de apreciação da obra é crucial. Para quem busca a representação exata dos momentos narrativos do épico de Kentaro Miura, a adaptação de 2016 pode ser reavaliada positivamente quando complementada pela fonte primária. O debate sobre a série permanece intenso, com opiniões estritamente divididas entre aqueles que a consideram a pior versão e aqueles que a defendem por um motivo ou outro, mas a experiência de convergência entre leitura e visualização oferece um novo ângulo analítico sobre seus méritos e falhas.

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Tags:

#Adaptação #Anime vs Manga #Berserk #Berserk 2016 #Animação CGI

Analista de Mangá Shounen

Especializado em análise aprofundada de mangás de ação e batalhas (shounen), com foco em narrativas complexas, desenvolvimento de enredo e teorias de fãs. Experiência em desconstrução de arcos narrativos e especulações baseadas em detalhes canônicos.

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