A ausência de gyutaro e daki nas reuniões das luas superiores: Um mistério temporal
A cronologia de Hantengu e a idade dos irmãos Gyutaro e Daki sugerem uma lacuna de 113 anos sem reuniões, levantando dúvidas sobre o conhecimento do Castelo Infinito.

Um ponto intrigante na narrativa das Luas Superiores do Kimetsu no Yaiba (Demon Slayer) diz respeito à frequência e ao comparecimento de seus membros mais recentes. Especificamente, os irmãos Gyutaro e Daki, que ocupavam as posições de Lua Superior Seis, parecem ter permanecido em um limbo temporal em relação às assembleias gerais do grupo sob o comando de Muzan Kibutsuji.
A informação crucial reside no relato de Hantengu, a Lua Superior Quatro. Durante os eventos cruciais da jornada dos Caçadores de Demônios, Hantengu menciona que a última vez que todas as Luas se reuniram foi há aproximadamente 113 anos. Essa marca temporal é significativa quando contrastada com a idade dos gêmeos Gyutaro e Daki.
O lapso de 113 anos e a ascensão de Gyutaro e Daki
Estudando a biografia dos personagens, descobre-se que Gyutaro e Daki foram transformados em demônios, e sua ascensão ao posto de Luas Superiores ocorreu pouco antes da trama principal, preenchendo o vácuo deixado pela saída de Kaigaku (que se tornaria a nova Lua Superior Seis após a morte de Gyutaro e Daki).
Se a última reunião registrada ocorreu exatamente 113 anos antes do confronto final, e se os irmãos Gyutaro e Daki atingiram sua posição nesse período, isso implica que eles podem nunca ter participado de uma reunião formal com as outras Luas Superiores e seu mestre.
Implicações da Não Participação
Esta cronologia levanta duas questões centrais para a compreensão da estrutura de poder do Quartel General do Castelo Infinito de Muzan. Primeiro, se eles foram designados para a posição após o último encontro, eles teriam acesso limitado ao conhecimento de procedimentos, hierarquias internas ou planos de longo prazo compartilhados apenas nas assembleias.
O Castelo Infinito, a sede principal do refúgio dos demônios de alta patente, é um local de grande importância estratégica. A ausência de Gyutaro e Daki em tais encontros sugere que Muzan pode ter optado por isolá-los ou que a natureza de suas designações não exigia imediatamente a total integração nas reuniões formais. Eles estavam operando em seu próprio território, concentrando-se em sua missão de coletar o medo na região de Yoshiwara.
A disparidade entre o tempo decorrido e a posse do título reforça a ideia de que Muzan gere seu poder de forma pontual e situacional, recrutando membros de acordo com a necessidade imediata, em vez de manter uma agenda estrita de reuniões para todos os seus subordinados mais poderosos. A eficácia de Gyutaro e Daki era indiscutível, o que pode ter mitigado a necessidade de Muzan de integrá-los formalmente em um ambiente que, para ele, poderia ser considerado um desperdício de tempo com demônios recém-promovidos.
A dinâmica revela uma faceta da liderança de Muzan: enquanto Luas Superiores antigas, como Kokushibo, certamente estavam cientes dos encontros, os membros mais recentes poderiam ter sido introduzidos ao sistema operacional sem a formalidade de uma convocação que ocorreu mais de um século antes.
Analista de Mangá Shounen
Especializado em análise aprofundada de mangás de ação e batalhas (shounen), com foco em narrativas complexas, desenvolvimento de enredo e teorias de fãs. Experiência em desconstrução de arcos narrativos e especulações baseadas em detalhes canônicos.