A ausência estratégica de clones de sombra e madeira por obito uchiha: Uma análise tática

Obito Uchiha, uma das figuras centrais e mais complexas do universo Naruto, possuía habilidades que, quando combinadas com jutsu frequentemente utilizados por outros ninja de alto nível, poderiam se tornar avassaladoras. Uma das especulações mais pertinentes sobre seu arsenal reside na ausência notável do uso de Kage Bunshin no Jutsu (Clones das Sombras) ou das técnicas de Liberação de Madeira, que ele poderia acessar devido à implantação das células de Hashirama Senju.

O potencial ofensivo de clones com Kamui

A principal suspeita sobre essa omissão reside no potencial sinérgico entre os clones e o Mangekyou Sharingan de Obito, especificamente a técnica Kamui. Um clone de sombra, por exemplo, poderia ser enviado para missões de reconhecimento ou para confronto direto. Se o clone fosse destruído, o usuário original recuperaria a informação e a experiência sem sofrer dano físico real, exceto a perda de chakra destinada à criação da cópia.

Considerando que mesmo ninja com reservas menores, como Kakashi Hatake, utilizavam clones com sucesso, a capacidade de Obito de gerar múltiplas cópias infundidas com Kamui seria extremamente desbalanceada. Seriam necessárias duas ou três cópias, cada uma capaz de alternar entre a intangibilidade e o uso do poder de sucção do Kamui, forçando o oponente a lidar com quatro ameaças em constante variação de estado defensivo/ofensivo.

A questão da reserva de chakra descartada

Um argumento frequentemente levantado contra a viabilidade de Obito usar clones é a limitação de chakra. No entanto, essa objeção parece enfraquecer quando se considera a condição física do antigo usuário de Tobi. Com metade de seu corpo composto pelas células de Hashirama, Obito possuía uma reserva de chakra muito superior à de um ninja comum.

A Liberação de Madeira, um poder tipicamente associado ao Primeiro Hokage, também poderia ter sido empregada por Obito, especialmente para criar barreiras ou distrações massivas. Embora ele raramente recorra a essa habilidade em combate, a mera possibilidade de combinar a transformação dimensional do Kamui com a versatilidade de controle de múltiplos corpos biológicos representa uma tática que foi, aparentemente, intencionalmente negligenciada.

Superando a fraqueza do Kamui

Um aspecto crucial do Kamui é sua fraqueza primária quando usado de forma ofensiva ou defensiva contínua: o tempo necessário para desativar a intangibilidade para atacar, ou a dificuldade de se defender simultaneamente de múltiplos agressores. Se Obito empregasse um clone especializado:

• Um clone poderia se tornar intangível para desviar de ataques.
• Outro clone poderia focar unicamente na sucção do oponente para outra dimensão.
• Obito original poderia se concentrar em jutsus de longo alcance ou manipulação de terreno.

Essa divisão de tarefas especializadas eliminaria a janela de vulnerabilidade inerente ao uso concentrado do Kamui por uma única pessoa. A escolha de Obito em não automatizar a defesa e o ataque através dos clones sugere uma preferência clara por táticas mais diretas ou talvez uma limitação autoimposta para manter seu poder centralizado, mesmo que isso significasse uma abordagem tática aparentemente menos otimizada contra forças opostas.