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Análise de vilões: A troca de foco entre gyokko e hantengu no arco da vila dos ferreiros em demon slayer

Um novo olhar sugere que o Lua Superior Cinco, Gyokko, seria um antagonista central mais impactante que Hantengu no arco da Vila dos Ferreiros de Demon Slayer.

Analista de Mangá Shounen
10/12/2025 às 16:40
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O arco da Vila dos Ferreiros, um dos mais intensos da jornada de Tanjiro Kamado em Demon Slayer: Kimetsu no Yaiba, apresentou confrontos memoráveis contra duas Luas Superiores: Hantengu e Gyokko. Entretanto, uma perspectiva interpretativa levanta o debate sobre a eficácia narrativa, sugerindo que o Lua Superior Cinco, Gyokko, deveria ter assumido o papel de antagonista principal, em detrimento de Hantengu, o Lua Superior Quatro.

O potencial não explorado de Gyokko

Gyokko, com sua estética grotesca e poderes baseados em manipulação de água e criação de criaturas através de suas bocas, representa um tipo de ameaça mais visualmente impactante e singular. Sua motivação, ligada ao seu complexo de inferioridade e à sua obsessão por arte, forneceu momentos de pura bizarrice e horror corporal, elementos que ressoam fortemente com o tom inicial de Demon Slayer.

O confronto de Gyokko com Muichirou Tokito, o Hashira da Névoa, foi crucial, mas sua presença poderia ter sido estendida e aprofundada. Analistas apontam que a sua natureza errática e seu fascínio por potes de cerâmica poderiam ter sido utilizados para criar uma tensão psicológica mais constante ao longo da defesa da Vila dos Ferreiros, tornando-o o ponto focal da crise, enquanto Hantengu, focado em emoções complexas e divisão de seu ser, serviu a um propósito mais específico.

Hantengu e a dualidade de poderes

Hantengu, antagonista principal da primeira metade do arco, tinha a capacidade de se dividir em múltiplas formas, cada uma personificando uma emoção humana, como raiva, alegria, medo e prazer. Essa mecânica oferece uma excelente oportunidade para explorar a profundidade emocional dos Hashiras envolvidos, especificamente no que diz respeito ao sacrifício e ao legado deixado por Muichirou.

No entanto, a luta contra Hantengu, embora espetacular e emocionalmente devastadora, é frequentemente vista como uma maratona de múltiplos inimigos em rápida sucessão. A atribuição do papel principal a Gyokko poderia ter solidificado uma ameaça única e mais consistente. Seu domínio sobre a água o posicionaria em direta oposição dramática aos protagonistas e à própria localização da vila, ligada à produção de armas esmeradas.

A posição de Luas Superiores no panteão de Muzan Kibutsuji exige um nível de terror e maestria que ambos os demônios possuem. A reavaliação do equilíbrio de poder e foco narrativo sugere que, embora ambas as lutas tenham sido bem-sucedidas em termos de desenvolvimento de personagens, uma centralização em torno da excentricidade artística e poder de mutação de Gyokko poderia ter aprimorado a coesão estrutural do arco. A obra de Koyoharu Gotouge continua a ser celebrada, mas a reflexão sobre escolhas de *pacing* narrativo permanece um interessante exercício de análise de enredo.

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Tags:

#KimetsuNoYaiba #Antagonista #Gyokko #Hantengu #Aldeia dos Ferreiros

Analista de Mangá Shounen

Especializado em análise aprofundada de mangás de ação e batalhas (shounen), com foco em narrativas complexas, desenvolvimento de enredo e teorias de fãs. Experiência em desconstrução de arcos narrativos e especulações baseadas em detalhes canônicos.

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