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Análise sugere que trauma profundo pode explicar hesitação do hashira giyu tomioka em matar mulheres em demon slayer

Uma teoria detalhada explora o comportamento inicial de Giyu com Nezuko, ligando-o a um bloqueio mental contra demônios femininos.

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Analista de Mangá Shounen

08/11/2025 às 20:32

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As interações iniciais de Giyu Tomioka, um dos Hashiras mais poderosos de Demon Slayer: Kimetsu no Yaiba, com Nezuko Kamado, a irmã demônio de Tanjiro, têm gerado intensas análises sobre a psicologia do personagem. Um exame minucioso do primeiro episódio sugere que a hesitação de Giyu em executar Nezuko não foi um mero acaso de enredo, mas sim a manifestação de um profundo bloqueio mental.

O Momento Crucial do Confronto Inicial

No momento em que Giyu se prepara para decapitar Nezuko, o teorista aponta uma reação física notável: uma expressão de choque ao ver o rosto dela, seguida por um erro de ataque que seria impensável para um espadachim de seu calibre. A partir desse instante, Giyu jamais tenta um golpe fatal visando a cabeça da garota.

A análise detalha que, em seguida, Giyu adotaria uma postura de proteção, não de ataque. Ele teria posicionado sua lâmina com a parte cortante virada para longe do pescoço de Nezuko, atuando como uma barreira entre ela e Tanjiro. Essa mudança drástica de comportamento, que parecia inadequada para um Hashira em missão, é reinterpretada como uma tentativa de defesa, com ambos olhando na mesma direção, possivelmente em direção a Tanjiro.

O Grito e a Luta Interna

O momento seguinte, segundo esta linha de raciocínio, revela uma intensa batalha interna. O ataque emocional de Giyu contra Tanjiro, que parecia totalmente fora do caráter reservado do Hashira, seria na verdade um esforço desesperado para forçar a si mesmo a matar Nezuko. Ele precisaria acender uma fúria artificial, relembrando o trauma, para sequer tentar o ato. O fato de ele só conseguir desferir um golpe superficial em seu corpo reforçaria a ideia de que, apesar de toda a sua força, ele estava mentalmente impedido de executar a ordem.

Somente quando ele articula uma justificativa para poupá-la - a intervenção de Ubuyashiki Kagaya, o líder dos Caçadores de Demônios - Giyu retoma sua compostura habitual. Para provar a si mesmo e reforçar sua capacidade, ele realiza um ato de força bruta: arranca o braço de Nezuko com a mão, demonstrando que a inibição estava restrita ao ato de decapitação.

Paralelo com o Passado: O Exame de Seleção

A teoria ganha ainda mais peso ao conectar este evento com um incidente não resolvido durante o exame final de Giyu. Antes de seu confronto projetado com o Demônio das Mãos, Giyu foi atacado por outro demônio, forçando seu amigo Sabito a intervir. Este demônio atacante era notavelmente feminino.

A incapacidade de Giyu de se defender contra esse inimigo, apesar de seu treinamento avançado - enquanto Sabito o eliminava com facilidade -, é vista não como sorte azarada ou fraqueza emocional genérica ligada à culpa de sobrevivente, mas como um bloqueio psíquico específico contra a eliminação de mulheres. O texto sugere que a visão da demônio feminina o paralisou completamente, culminando em um desmaio quando Sabito a decapitou à sua frente.

Simbolismo Visual e Eco de Akaza

Elementos visuais do personagem são apresentados como suportes a essa interpretação. O lado direito do haori partido de Giyu é associado à imagem de sua irmã falecida. Além disso, a guarda da espada de Giyu, em vez de ter um design relacionado à água, assemelha-se a um escudo tradicional, evocando a ideia de uma 'espada que protege a irmã'.

Esta suposta peculiaridade de Giyu estabelece um paralelo interessante com o demônio Akaza, conhecido por seu próprio tabu de não ferir mulheres, decorrente de seu trauma de infância. Se essa teoria for aceita, o trauma de Giyu se manifestaria de maneira semelhante, transformando a matança de mulheres em um impedimento mental intransponível no campo de batalha.

An

Analista de Mangá Shounen

Especializado em análise aprofundada de mangás de ação e batalhas (shounen), com foco em narrativas complexas, desenvolvimento de enredo e teorias de fãs. Experiência em desconstrução de arcos narrativos e especulações baseadas em detalhes canônicos.