Análise estratégica: Por que tobirama senju não usou um clone das sombras como isca em combate?

Tobirama Senju, o Segundo Hokage, é universalmente reconhecido no universo de Naruto como um dos ninjas mais brilhantes e estrategistas de todos os tempos. Sua genialidade é evidenciada pela invenção de técnicas poderosas, como o Kage Bunshin no Jutsu (Técnica do Clone das Sombras) e o Hiraishin no Jutsu (Técnica do Deus Voador do Trovão). No entanto, uma questão tática recorrente gira em torno de seu uso pessoal em situações de alto risco: a aparente hesitação em utilizar um clone como isca para si mesmo.

O paradoxo do inventor da técnica

O Clone das Sombras é notório por sua capacidade de criar duplicatas físicas quase indistinguíveis do original, sendo uma ferramenta fantástica para reconhecimento ou, crucialmente, para desorientar inimigos e absorver ataques. Dada a maestria de Tobirama sobre esta técnica, que ele mesmo aprimorou, seria lógico supor que ele a empregaria para criar uma cópia sua como chamariz, protegendo-se da linha de frente ou permitindo um contra-ataque surpresa.

Em cenários onde o fator surpresa ou a proteção imediata do corpo são vitais, a substituição direta do corpo real por um clone parece ser a aplicação mais óbvia do Kage Bunshin. Por que, então, em momentos decisivos, Tobirama frequentemente se coloca como o alvo direto, arriscando-se em vez de delegar essa função a uma cópia ilusória, embora tátil?

Implicações da natureza do Clone das Sombras

A análise da mecânica da técnica oferece possíveis explicações. Um clone das sombras, apesar de ser fisicamente presente, carrega uma fraqueza fundamental em relação ao usuário original. Ao ser destruído, o clone se desfaz imediatamente em matéria, e parte do chakra do usuário é drenada. Para um ninja que depende tanto de reservas de chakra elevadas para executar múltiplas técnicas complexas, como o Hiraishin, o gasto adicional em clones que seriam destruídos rapidamente pode ser considerado um desperdício estratégico.

Além disso, é importante considerar o nível de poder dos oponentes que Tobirama enfrentou, como Madara Uchiha durante a Quarta Guerra Mundial Ninja. Adversários de nível 'Kage' ou superior possuem uma capacidade de percepção de chakra e análise de ninjutsu muito apurada. Um clone, por mais bem executado que seja, pode ser identificado por um olhar treinado, invalidando o elemento surpresa da isca antes mesmo que ele cumpra seu propósito.

A preferência pela velocidade extrema

Tobirama, em contraste com a abordagem mais defensiva ou baseada em formação que se vê em outros ninjas de sua geração, priorizava a velocidade e a execução precisa no campo de batalha. O Hiraishin no Jutsu permite que ele se mova instantaneamente entre marcas de selo, tornando-o um alvo quase impossível de prever ou prender. Se o objetivo estratégico é anular a vantagem do oponente através do movimento absoluto, gastar tempo gerando um clone que precisa ser posicionado pode ser visto como um atraso desnecessário.

A decisão de Tobirama geralmente aponta para uma confiança extrema em sua velocidade, habilidade de combate corpo a corpo e na letalidade de seu arsenal imediato. Ele investe em soluções táticas que minimizam o contato prolongado, preferindo finalizar o confronto rapidamente, sejam eles com lâminas especiais ou jutsus de grande escala. A complexidade de usar um clone como isca pode não compensar o ganho de tempo ou proteção contra inimigos capazes de destruir a duplicata instantaneamente.