Análise detalhada sugere que as técnicas visuais de shisui uchiha possuíam habilidades distintas em cada olho

A profundidade das habilidades dos membros do clã Uchiha, especialmente no que tange ao Mangekyō Sharingan, continua a ser um campo fértil para análise detalhada. Uma interpretação focada no personagem Shisui Uchiha sugere que seu lendário Kotoamatsukami, a técnica de genjutsu mais poderosa, apresentava funcionalidades significantemente diferentes em cada um de seus olhos. Esta teoria baseia-se em evidências canônicas que demonstram uma falta de uniformidade nas técnicas oculares dos Uchiha.

A inconsistência como regra no Sharingan

Argumenta-se que, ao longo da narrativa, nunca se observou um portador de Sharingan possuir a exata mesma capacidade em ambos os olhos, mesmo quando a habilidade central era a mesma. O exemplo clássico citado é Obito Uchiha, cujos poderes manifestavam variações sutis que alteravam a aplicação da técnica. Se esta regra se aplica a outros membros notáveis, seria esperado que Shisui também seguisse este padrão de divergência funcional em seus olhos, distanciando-se da ideia de que ambos os órgãos possuíam o mesmo poder idêntico.

Diferenças notáveis na aplicação do Kotoamatsukami

A evidência mais contundente para essa postulação reside na maneira como o Kotoamatsukami de Shisui foi retratado em ação. Em um cenário específico, após a reanimação de Itachi Uchiha pelo Edo Tensei, Kabuto Yakushi precisou de um comando de reajuste para quebrar o genjutsu imposto ao corpo de Itachi. O oponente subsequente a ser confrontado era Nagato, indicando que a habilidade inerente ao olho esquerdo de Shisui era extraordinariamente resistente, a ponto de resistir a tentativas de quebra por um agente como Kabuto.

Ainda dentro desta linha de raciocínio, as funções atribuídas a cada olho seriam:

• Olho Direito: Capaz de induzir hipnose sem necessidade de contato visual direto, mas com efeitos de curta duração ou mais facilmente reversíveis.
• Olho Esquerdo: Exigia contato visual direto para a execução da técnica, mas, uma vez implantado o controle, tornava-se praticamente inquebrável, exigindo um longo período de recuperação antes de um novo uso.

O precedente do plano de Shisui

A complexidade do plano de Shisui para influenciar seu pai, Fugaku Uchiha, e, por extensão, estabilizar a vila, também reforça a ideia da variação de poder. A preocupação de que um genjutsu tão poderoso passaria despercebido por observadores treinados como os membros do clã Uchiha ou mesmo um usuário de Byakugan como Ao, que detectou Danzo manipulando Mifune, sugere que a potência do Kotoamatsukami executado em Fugaku teria que ser única e adaptada à situação. O fato de personagens extremamente perspicazes como Shisui e Itachi terem apostado na eficácia desse plano indica um nível de poder altamente calibrado.

Ademais, a incapacidade de Sasuke Uchiha, um dos usuários de Sharingan mais fortes da era final, de perceber que Itachi estava sob um genjutsu confirma que diferentes níveis de maestria ou aplicações únicas do Kotoamatsukami estavam em jogo. Estas nuances sugerem que a genialidade de Shisui não residia apenas em possuir a técnica, mas em dominar variações distintas de seu poder visual para diferentes propósitos estratégicos dentro do universo Naruto.