Análise de poder: Como os bijūs de naruto se encaixam nos diferentes níveis de poder da franquia

O sistema de poder do universo Naruto é notoriamente complexo, misturando força bruta, habilidades únicas de linhagem sanguínea e poderes baseados em chakra. Dentro desse espectro, as Bestas com Cauda, conhecidas como Bijūs, representam o ápice da força concentrada, cada uma possuindo uma quantidade colossal de chakra e habilidades destrutivas distintas. A correta alocação dessas nove entidades em um sistema de tiers, ou níveis de poder, é um exercício fascinante de interpretação do mangá e do anime.

A classificação dos Bijūs tipicamente varia de um a dez caudas, mas o poder de luta real nem sempre segue estritamente essa numeração. O Ichibi (Uma Cauda), Shukaku, por exemplo, possui habilidades de selamento e controle de areia que o tornam perigoso, mas frequentemente é posicionado abaixo de outros com maior potencial destrutivo direto.

O topo da escala de poder

Na faixa mais alta dos níveis de poder, o Kyūbi (Nove Caudas), Kurama, é um consenso quase universal. Sua vasta reserva de chakra, combinada com a velocidade e o poder destrutivo avassalador demonstrado contra Madara Uchiha e outros antagonistas, o coloca em uma categoria própria, muitas vezes comparável apenas às divindades guerreiras do universo como o próprio Hagoromo Ōtsutsuki.

Logo abaixo, as bestas de Cauda Média-Alta, como o Hachibi (Oito Caudas), Gyūki, e o Shichibi (Sete Caudas), Chōmei, demonstram um equilíbrio entre poder bruto e técnicas especializadas. Gyūki, pela sua capacidade de controlar completamente seu poder mesmo sob influência do modo Besta, oferece versatilidade tática que o eleva consideravelmente, superando, em momentos chave, o puro poder elemental de outras entidades.

As Bestas de Nível Intermediário e a Variação de Habilidades

A maior área de divergência na classificação reside no meio da tabela. O Sanbi (Três Caudas) e o Yonbi (Quatro Caudas), Son Gokū, apresentam desafios únicos. Son Gokū, com sua maestria sobre o Yōton (elemento Lava, dependendo da interpretação), e o Sanbi focado em água e ambientes aquáticos, exigem considerações específicas sobre o campo de batalha.

O Gobi (Cinco Caudas), Kokuō, com seu elemento vapor/água, e o Rokubi (Seis Caudas), Saiken, com sua forma de névoa corrosiva, tendem a ocupar os espaços intermediários. Seu poder depende intrinsecamente da capacidade de seus Jinchūriki de explorar as fraquezas ambientais que suas habilidades inerentes exploram. Um posicionamento sólido para estes implica um poder substancial, mas não o poder de aniquilação visto nos Bijūs de caudas mais numerosas.

A Base da Onda de Choque

Na base da escala de poder das Bestas com Cauda encontramos os seres com menor número de caudas, excluindo Kurama. O Nibi (Duas Caudas), Matatabi, com sua maestria em fogo, e o já mencionado Ichibi, Shukaku, são forças formidáveis, mas historicamente foram os primeiros a serem superados ou subjugados em confrontos diretos com os mais poderosos.

Em um sistema de escalonamento puramente baseado em estatísticas de chakra e potencial destrutivo bruto, os Bijūs tendem a se organizar com Kurama no topo, seguido de perto pelo Hachibi e possivelmente o Nibii (no quesito ataque direto de fogo), com os demais se distribuindo em camadas dependentes da especificidade de suas naturezas elementais e ataques de caudas. A complexidade reside em classificar a eficácia de técnicas contra o poder bruto, um dilema central na análise de qualquer Shonen de luta de longa duração.