Análise da motivação de muzan: Ele eliminaria seus luas superiores após superar a fraqueza do sol?

A busca incessante de Muzan Kibutsuji por invulnerabilidade total, especificamente a capacidade de suportar a luz solar, é o motor central de sua existência e do conflito em Kimetsu no Yaiba. Uma vez alcançado esse objetivo supremo, a estrutura de poder que sustenta o reino demoníaco se torna o próximo ponto de questionamento estratégico.

O Egoísmo como Pilar da Sobrevivência Demoníaca

A natureza primária de Muzan sempre foi definida pelo autointeresse absoluto. Ao longo dos séculos, sua única prioridade foi garantir a própria sobrevivência e a erradicação de quaisquer ameaças, sendo os Caçadores de Demônios a maior delas. Dada essa mentalidade egocêntrica, especula-se que a eliminação de seus subordinados mais poderosos, os Luas Superiores, seria uma consequência lógica, e não uma quebra de lealdade.

Para Muzan, os Luas Superiores, apesar de sua força formidável, representam ativos descartáveis e potenciais passivos. Eles são ferramentas essenciais na caça à misteriosa Flor de Wisteria, mas uma vez que sua utilidade direta desapareça ou se torne redundante, eles se tornam simplesmente mais demônios que conhecem sua verdadeira forma e fraquezas. A preservação de segredos é vital para a continuidade de um ser que vive sob vigilância constante.

O Mistério da Busca pela Flor

Um ponto intrigante que surge dessa análise é a aparente ineficiência nas buscas realizadas pelos Luas Superiores pela Flor de Wisteria, o item necessário para que Muzan finalmente conquiste a imunidade solar. O fato de levarem centenas de anos para encontrar algo vinculado a um fenômeno diurno, quando poderiam usar métodos mais invasivos, sugere uma possível resistência passiva.

Argumenta-se que os Luas mais antigos poderiam ter percebido a natureza predadora de seu mestre. Se soubessem que a conquista da última barreira de Muzan significaria o fim para eles próprios, a busca prolongada e a falta de métodos mais agressivos - como sequestrar e interrogar populações inteiras sobre a localização de flora específica na luz do dia - poderiam ser um ato instintivo de autopreservação. Eles estariam, sutilmente, adiando a própria sentença de morte.

A Reconfiguração do Poder

No contexto de domínio absoluto, a existência de subordinados poderosos serve apenas para desafiar a supremacia do líder. Se Muzan pudesse caminhar sob o sol, ele deixaria de depender da escuridão e da coordenação forçada de seus demônios mais fortes. Sua nova forma de poder seria autossuficiente.

A eliminação dos Luas Superiores não seria apenas um ato de crueldade, mas de otimização estratégica. Ao se livrar deles, Muzan eliminaria a possibilidade de traição ou de que informações cruciais sobre suas vulnerabilidades caíssem em mãos erradas, solidificando seu papel como a entidade suprema e incontestável, livre de todas as amarras que o forçaram à sombra por milênios. Isso reforça a ideia de que, no universo de Demon Slayer, a lealdade demoníaca é sempre temporária e subordinada à ambição do progenitor.