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Análise das artes demoníacas: Explorando a materialidade e o poder das habilidades em kimetsu no yaiba

O debate sobre a natureza das artes demoníacas, como o relâmpago, foca na sua base física versus o componente mágico inerente à narrativa.

Analista de Mangá Shounen
03/11/2025 às 06:50
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A discussão sobre a validade física das Blood Demon Arts (BDAs) na obra Kimetsu no Yaiba levanta questões fascinantes sobre a consistência do universo ficcional estabelecido. Frequentemente, a percepção de que certas manifestações de poder são simplesmente 'falsas' ou exageradas ignora a fundação estabelecida pela narrativa para estas habilidades.

A própria estrutura da série apresenta precedentes claros para a manifestação de elementos tangíveis criados a partir de poderes sobrenaturais. Um exemplo notável é a arte de sangue de Tamayo, cuja habilidade de gerar ilusões reais através do uso de seu sangue prendeu indivíduos em enrascadas físicas das quais eles não podiam escapar facilmente.

O Castelo Infinito e a Realidade Alterada

O papel da Lua Superior Seis, Nakime, serve como prova máxima da materialidade destes poderes. O Castelo Infinito, sua criação, não é uma mera miragem, mas um espaço fisicamente real. Durante confrontos, como a batalha contra Akaza, a água que brotou das estruturas do castelo demonstrou ser completamente real, interagindo com o ambiente e os combatentes de maneira palpável. Da mesma forma, em lutas anteriores, como o confronto contra Zohakuten, a madeira gerada era concreta e amplificada pela infusão de sangue demoníaco.

Isso estabelece um padrão: as artes demoníacas manipulam ou geram substâncias que obedecem, em grande parte, às leis da física, embora encantadas ou aprimoradas por energia espiritual ou demoníaca.

A Força do Relâmpago e a Velocidade dos Hashiras

O ponto central desta análise recai sobre a energia elétrica gerada pelas BDAs, especificamente o relâmpago. Afirma-se que, seguindo a lógica estabelecida pelos outros poderes, a eletricidade vista em combate também é real em sua essência. O poder dos caçadores de demônios, os Hashiras, não reside apenas na força bruta comparável a explosões, mas sim na combinação de força e velocidade absurdas.

Considere o armamento de Gyomei Himejima, o Hashira da Pedra. Sua arma, um mangual pesado, excede os 60 quilos. A capacidade de manejar tal objeto com uma velocidade superior à velocidade dos tentáculos de Muzan, considerados os mais rápidos entre as BDAs, demonstra um nível de poder físico que transcende a mera demonstração visual.

Se a velocidade dos caçadores é tão extrema, o relâmpago que eles enfrentam, sendo uma manifestação 'mágica' e não natural, pode até exigir uma velocidade ainda maior para ser percebido e evitado. As habilidades dos demônios, como o veneno letal de Gyutaro, funcionam de maneira análoga ao veneno real, porém potencializado. Já as manipulações aquáticas de Gyokko são elásticas e reais, sugerindo que todos os elementos manipulados possuem uma base física sólida, mesmo quando encantados.

Portanto, o poder das artes é definido pela sua capacidade de interação material no mundo de Kimetsu no Yaiba, validando as ameaças apresentadas por cada demônio através de efeitos concretos e mensuráveis dentro da lógica da obra. A força desses poderes é uma fusão entre a física do mundo e os aprimoramentos sobrenaturais concedidos pelo sangue de Muzan Kibutsuji.

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Tags:

#Demon Slayer #Nakime #Blood Demon Art #Poder dos Demônios #Ilusões BDA

Analista de Mangá Shounen

Especializado em análise aprofundada de mangás de ação e batalhas (shounen), com foco em narrativas complexas, desenvolvimento de enredo e teorias de fãs. Experiência em desconstrução de arcos narrativos e especulações baseadas em detalhes canônicos.

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