Análise aponta inconsistências na percepção da qualidade da animação de one punch man temporada 3

A expectativa em torno da terceira temporada de One Punch Man gerou um intenso escrutínio sobre sua qualidade de animação, com algumas análises focando em elementos como a representação dos movimentos labiais e o uso de imagens estáticas (PNGs) ou gifs em certas sequências. Contudo, uma observação mais detalhada sugere que a crítica elevada, muitas vezes direcionada ao estúdio de produção atual, pode não considerar a presença desses mesmos recursos técnicos em temporadas anteriores amplamente celebradas.

O cerne da questão levantada é a aparente discrepância na severidade com que certos detalhes visuais são recebidos agora em comparação com o passado. Quando se observa o material consagrado, percebe-se que cenas com animação menos fluida ou que dependem de recursos como cortes rápidos e o uso de sobreposições visuais para economizar tempo de quadro, já faziam parte do repertório estético inicial da série de anime.

O peso da comparação lendária

A segunda temporada, por exemplo, que muitas vezes é colocada em um pedestal visualmente comparável à primeira, também apresentava momentos que, sob uma análise microscópica, poderiam ser classificados como simplificações animadas. Aspectos como a luta entre Genos e o Rei do Mar Profundo ou as trocas rápidas de golpes entre Sonic e Saitama exibiram certas inconsistências de fluidez que, na época, foram absorvidas pelo contexto narrativo e pela empolgação com os eventos da história.

Essa recontextualização histórica dos padrões de produção sugere que o foco excessivo em pequenos lapsos de um único episódio de 25 minutos da nova temporada, manifestado por meio de centenas de análises focadas em detalhes como um movimento específico de deslizamento de Garou, pode estar mais ligado a uma expectativa idealizada do que a uma deterioração genuína da qualidade técnica em relação ao histórico da franquia no formato televisivo.

O fator estúdio e a percepção pública

Um ponto importante levantado é o chamado “fator estúdio”. A percepção de qualidade muitas vezes se conecta intrinsecamente com o nome associado à produção. Argumenta-se que se a terceira temporada estivesse sob a alçada de um estúdio diferente, mantendo o mesmo nível técnico que está sendo criticado, a reação do público seria significativamente mais branda. Isso ilustra como o peso da reputação estabelecida por trabalhos anteriores pode influenciar negativamente a aceitação de novos projetos, mesmo quando o padrão de entrega é consistente com o que já foi aceito.

Em suma, while a busca pela excelência na animação de franquias populares como One Punch Man é justificável, a análise das críticas atuais convida à reflexão sobre a consistência na aplicação desses padrões. A série, desde suas origens adaptadas, sempre navegou entre sequências de tirar o fôlego e simplificações necessárias à produção semanal de um anime de alto calibre como o shonen de ONE.