Análise retrospectiva questiona o legado de hashirama senju como primeiro hokage

A figura de Hashirama Senju, o Primeiro Hokage e a encarnação da Vontade do Fogo, é historicamente reverenciada como a pedra fundamental de Konohagakure. No entanto, uma análise mais profunda de suas decisões políticas pós-fundação da vila levanta questionamentos sobre o impacto duradouro de sua liderança, levando argumentadores a classificá-lo, sob certas óticas, como o menos eficaz dos líderes de Konoha.

O Peso da Amizade e a Fuga de Uchiha Madara

Um dos pontos mais críticos frequentemente levantados contra a gestão de Hashirama reside na sua incapacidade de reter Uchiha Madara na vila. Embora o fracasso em manter o aliado e rival próximo dentro de Konoha pareça ser resultado de uma má reputação pré-existente de Madara na liderança ninja, a responsabilidade recai sobre o Hokage, o ninja mais poderoso de seu tempo.

A preservação da unidade entre os Senju e os Uchiha era vital para a estabilidade da nova estrutura de vilas. Acredita-se que, sendo o líder máximo e possuidor de poder incomparável, Hashirama deveria ter empregado todos os meios concebíveis para evitar a deserção de Madara. Sua partida não representou apenas a perda de um líder de clã influente, mas também a separação do ninja mais forte conhecido ao lado do próprio Hokage, um cenário que ameaçava a própria premissa de paz sustentável que ele buscava estabelecer.

O Dilema da Distribuição das Bestas com Cauda

A decisão mais passível de críticas duradouras, contudo, foi a partilha das Bijuu (Bestas com Cauda) entre as nações recém-formadas. Hashirama viu essa divisão como uma garantia de equilíbrio e um impedimento para futuras guerras em larga escala, atuando como um sistema de dissuasão mútua. Contudo, a visão estratégica aponta que essa atitude foi contraproducente para o objetivo final de cessar os conflitos.

Ao munir outras grandes nações com armas de destruição em massa, o Primeiro Hokage, paradoxalmente, solidificou a base para novos conflitos. A história subsequente, que inclui numerosas Guerras Mundiais Shinobi, sugere que a divisão do poder bélico supremo apenas garantiu que as hostilidades continuassem em ciclos recorrentes, em vez de serem erradicadas sob a supremacia estabelecida em Konoha.

Se a intenção era assegurar uma paz de cem gerações, a realidade política implementada por Hashirama, marcada pela contenção externa através da divisão de poder destrutivo, resultou em aproximadamente quarenta anos de conflitos intermitentes antes do estabelecimento de entendimentos mais estáveis. A magnitude dos erros reside justamente no impacto sistêmico que suas ações tiveram no longo prazo para a estrutura ninja global, moldando um legado de paz incompleta e contínua tensão bélica.