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Análise aponta que os membros do god hand em berserk personificam diferentes vícios humanos

Uma interpretação aprofundada sugere que cada membro do God Hand representa um aspecto nocivo da psique humana, desde a ambição desmedida até a negação da realidade.

Analista de Mangá Shounen
13/11/2025 às 08:28
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A organização antagônica conhecida como God Hand, central na narrativa sombria do mangá Berserk, tem sido objeto de intensa análise por sua construção simbólica. Uma perspectiva notável argumenta que cada um de seus membros não é apenas uma entidade demoníaca, mas sim a máxima personificação de um vício ou falha intrínseca à natureza humana, sendo a manifestação do mal que surge das emoções humanas destrutivas.

A figura de Slan é frequentemente associada ao hedonismo desenfreado. Sua influência parece atrair e nutrir aqueles que abandonam qualquer empatia em nome do prazer puro, um comportamento observado em grupos como os cultistas e os trolls sob seu domínio. Ela encarna a corrosão moral causada pela busca incessante por satisfação sensorial imediata.

As faces do mal e a ambição de Griffith

No centro da narrativa de Berserk, Griffith, agora Femto, representa a ambição descontrolada. Sua ascensão, que frequentemente dialoga com os temas de sonhos e a validade desses desejos, é mostrada como o lado maligno de um fervor ilimitado. Esse arquétipo desafia narrativas simplistas sobre o sucesso, expondo o custo humano e cósmico de buscar um sonho a qualquer custo.

Em contrapartida, Conrad surge como a encarnação da decadência mundial. Ele está intrinsecamente ligado à instabilidade social, como evidenciado pela disseminação da praga em Midland. Conrad não é visto primariamente como um produto da psique individual, mas sim como o reflexo do colapso de uma sociedade que sucumbe ao caos e à fatalidade.

Intelectualização e a Aderência ao Status Quo

Ubik é interpretado como o princípio da autossugestão ou da intectualização do mal. Seu papel principal destacado é a manipulação da memória e da profecia para guiar Griffith ao Eclipse. Esta faceta sugere como os indivíduos conseguem racionalizar ou justificar suas ações mais perversas. O despertar de Ubik durante a onda astral, ilustrado em passagens que remetem a pinturas clássicas, critica a ideia de que a inteligência garante a moralidade, expondo a loucura subjacente à racionalização extrema.

O membro mais enigmático, Void, representa o polo oposto da intelectualização: a rendição incondicional à causalidade. Ele personifica a crença passiva de que o mundo é imutável, que o destino é selado e nada pode ser alterado. Enquanto Ubik critica a ideologia extremista racionalizada, Void critica a inércia e a aceitação cega do status quo, uma filosofia que moldou profundamente a visão fatalista de Griffith.

Confrontos simbólicos esperados

A profundidade desses arquétipos sugere que os confrontos finais na saga Berserk devem ser profundamente simbólicos, envolvendo personagens cujas jornadas pessoais os colocaram em oposição direta a esses vícios. A luta de Isidro contra Slan, a jornada de Farnese contra as manipulações de Ubik, e o papel de Schierke em confrontar o colapso geral - representado por Conrad - oferecem caminhos narrativos ricos. No confronto máximo contra Void, muitos esperam que o Cavaleiro das Ossadas desempenhe um papel crucial, embora a oposição de Griffith, que demonstrou a maior submissão ao seu destino, seja uma possibilidade igualmente potente para um confronto ideológico final.

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Tags:

#Berserk #Godhand #Femto #Aspectos do Mal #Slan

Analista de Mangá Shounen

Especializado em análise aprofundada de mangás de ação e batalhas (shounen), com foco em narrativas complexas, desenvolvimento de enredo e teorias de fãs. Experiência em desconstrução de arcos narrativos e especulações baseadas em detalhes canônicos.

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