Análise de estratégia: Como o corpo de exterminadores de demônios enfrentaria uma arte de sangue viral

A premissa de um confronto existencial no universo de Kimetsu no Yaiba (Demon Slayer) se torna ainda mais tensa quando se considera uma ameaça que transcende a força bruta: um Demônio com uma Arte de Sangue capaz de infectar seres humanos com um vírus mortal. A introdução de tal capacidade levanta questões cruciais sobre a logística, as táticas e a própria sobrevivência do Corpo de Exterminadores de Demônios contra inimigos que não precisam de combate direto para maximizar o estrago.

O dilema da peste demoníaca

Em cenários especulativos, se um Demônio com esta habilidade existisse como um Luar Superior estabelecido, o impacto no Japão da Era Taishō seria catastrófico, possivelmente superando as perdas causadas por demônios comuns. A infecção viral, ao contrário de um ataque direto, permite que o perigo se espalhe silenciosamente, minando a base de recrutamento e o apoio da sociedade aos Exterminadores. Sua Arte de Sangue funcionaria como uma arma biológica, forçando o Corpo a focar mais em contenção epidemiológica do que em caçadas noturnas tradicionais.

Cenário 1: Uma ameaça histórica e conhecida

Caso este Luar Superior fosse uma ameaça de longa data, responsável por varrer o Japão com pragas recorrentes, a contramedida mais lógica envolveria a contenção imediata e o isolamento extremo. Os caçadores precisariam empregar técnicas que minimizassem o contato físico e a exposição a fluidos corporais do demônio e de suas vítimas. A respiração da Água, por exemplo, com movimentos circulares e fluidos, poderia ser adaptada para criar barreiras de ar ou dificultar a absorção de esporos/vírus.

Para um demônio que já causou uma pandemia, a prioridade não seria apenas matá-lo, mas também isolar ou destruir completamente os restos mortais das vítimas infectadas para evitar a disseminação contínua. Médicos e curandeiros do Corpo, como aqueles associados ao Rancho das Borboletas, teriam que desenvolver métodos rápidos para neutralizar a carga viral, talvez através do uso intensivo de venenos de glicínia ou mesmo técnicas de desintoxicação inspiradas em métodos tradicionais japoneses, como os utilizados na medicina daquele período.

Surpresa na Fortaleza Infinita

O segundo cenário, onde este Demônio surge como um novo Luar Superior na Fortaleza Infinita de Muzan Kibutsuji, impõe uma pressão temporal muito maior. O Corpo, já em desvantagem numérica e tática dentro do castelo, receberia um choque estratégico além da força de combate.

A chave para sobreviver seria a adaptação instantânea, liderada pelos Hashiras mais estratégicos. Contra uma ameaça invisível como um vírus, a precisão se torna mais importante que a potência bruta. A Respiração da Névoa, com sua capacidade de obscurecer e confundir alvos, poderia ser defensivamente útil para reduzir a área de exposição, enquanto a Respiração do Inseto de Shinobu Kocho, focada em injeções precisas, poderia ser modificada para administrar antídotos ou venenos com alta eficiência de penetração na pele do demônio, neutralizando-o antes que ele possa liberar uma grande quantidade de agentes infecciosos.

A coordenação entre os caçadores seria vital. Enquanto um membro tenta distrair visualmente o inimigo, outro, possivelmente protegido por camadas de tecido grosso (como algumas túnicas pesadas usadas em ambientes rurais), tentaria um ataque final e decisivo na nuca. A eliminação rápida da cabeça seria o único método conclusivo, já que qualquer ferimento prolongado poderia resultar em maior liberação de material biológico contaminado no ambiente fechado da Fortaleza Infinita.